Após três anos da extinção do horário brasileiro de verão, o governo federal anunciou na última terça-feira (06), que estaria avaliando a possibilidade de um retorno. O interesse no desenvolvimento de um questionamento acerca da decisão tomada pelo Governo Federal na época partiu do Ministério de Minas e Energia, o qual solicita, pela segunda vez, uma nova análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O Governo Federal está planejando a possibilidade de retorno do horário de verão, encerrado em 2019, posteriormente à decisão do Ministério de Minas e Energia mostrar que o cidadão brasileiro teria uma economia de R$ 100 milhões com o fim da medida até então vigente. O MME solicitou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estudos sobre a medida.
Por que o Horário de Verão havia deixado de existir?
O horário de verão teve os seus dias contados em abril de 2019, através de um decreto realizado pelo presidente Jair Bolsonaro, baseando-se em estudos produzidos, na época, pelo Ministério de Minas e Energia. Com os estudos em análise foi possível verificar uma baixa eficiência e efetividade no que diz respeito à economia de energia. Além disso, estudos complementares da área da saúde mostraram a importância do horário de verão no relógio biológico das pessoas.
Analisando de forma mais específica à economia de energia, alguns relatórios apontaram neutralidade na mudança de energia, enquanto outras apontaram para aumento. O ministério avaliou o resultado regulatório da extinção do horário de verão, e apontou que a economia de energia com a medida foi sendo reduzida nos últimos anos.
Governo Federal extinguiu horário de verão (Foto: Divulgação/Agência Brasil)
A diminuição da economia do horário de verão começou a ser notada e questionada em 2017, segundo fontes do MME, quando foi registrada uma redução de consumo da ordem de 2.185 megawatts, proporcional a cerca de R$ 145 milhões. No ano de 2013, a economia havia sido de R$ 405 milhões, tendo uma queda de R$245,5 milhões, em 2016, fechando no valor de R$ 159,5 milhões, uma redução de 60%.