Governo Federal avalia retorno do horário de verão

O Ministério de Minas e Energia planeja um possível retorno do Horário de Verão, extinto em 2019, uma vez existindo sustentação técnica para tal medida. 

07 set, 2022

Após três anos da extinção do horário brasileiro de verão, o governo federal anunciou na última terça-feira (06), que estaria avaliando a possibilidade de um retorno. O interesse no desenvolvimento de um questionamento acerca da decisão tomada pelo Governo Federal na época partiu do Ministério de Minas e Energia, o qual solicita, pela segunda vez, uma nova análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O Governo Federal está planejando a possibilidade de retorno do horário de verão, encerrado em 2019, posteriormente à decisão do Ministério de Minas e Energia mostrar que o cidadão brasileiro teria uma economia de R$ 100 milhões com o fim da medida até então vigente. O MME solicitou ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estudos sobre a medida.

Por que o Horário de Verão havia deixado de existir?

O horário de verão teve os seus dias contados em abril de 2019, através de um decreto realizado pelo presidente Jair Bolsonaro, baseando-se em estudos produzidos, na época, pelo Ministério de Minas e Energia. Com os estudos em análise foi possível verificar uma baixa eficiência e efetividade no que diz respeito à economia de energia. Além disso, estudos complementares da área da saúde mostraram a importância do horário de verão no relógio biológico das pessoas.

Analisando de forma mais específica à economia de energia, alguns relatórios apontaram neutralidade na mudança de energia, enquanto outras apontaram para aumento. O ministério avaliou o resultado regulatório da extinção do horário de verão, e apontou que a economia de energia com a medida foi sendo reduzida nos últimos anos.


Governo Federal extinguiu horário de verão (Foto: Divulgação/Agência Brasil)


A diminuição da economia do horário de verão começou a ser notada e questionada em 2017, segundo fontes do MME, quando foi registrada uma redução de consumo da ordem de 2.185 megawatts, proporcional a cerca de R$ 145 milhões. No ano de 2013, a economia havia sido de R$ 405 milhões, tendo uma queda de R$245,5 milhões, em 2016, fechando no valor de R$ 159,5 milhões, uma redução de 60%.

Mesmo durante período em que o Horário de Verão estava em vigor, apenas os seguintes estados seguiam tal parâmetro: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

 

Agora, cabe à ONS verificar se a medida poderá vigorar novamente, conduzindo o governo ao caminho mais assertivo. 

 

Foto Destaque: Horário de verão. Reprodução: O Globo.

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