Polícia Civil investiga denúncia de tortura e agressão contra crianças autistas em Duartina (SP). As mães que denunciaram o caso dizem que seus filhos foram agredidos, trancados em salas e tocados nos genitais. Prints de conversas mostram que a fonoaudióloga, que atendia as crianças, xingava os pacientes em mensagens.
As imagens fazem parte das denúncias de diversas mães que realizaram os atendimentos de seus filhos com a fonoaudióloga Bianca Rodrigues Lopes Gonçalves.
Fonoaudióloga é suspeita de torturar crianças autistas. (Foto: Reprodução/Polícia Civil)
O portal G1 teve acesso às cópias das conversas que fazem parte dessa investigação. A profissional se referia às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como “demônio”, “chato”, “filho da puta”, insuportável”, entre diversos outros termos. Nas mensagens apresentadas no inquérito ficam evidente que a profissional ofende as crianças e ainda tenta forjar os atendimentos. Os registros ainda mostram que a profissional não oferecia as sessões individualizadas que teriam sido contratadas e pagas pelas mães.
Prints de mensagens mostram que fonoaudióloga xingava os pacientes. (Foto: Reprodução/Polícia Civil)
Uma ex-funcionária fez fotos, áudios e vídeos das crianças durante o atendimento. Ela decidiu fazer a denúncia na polícia quando viu uma criança levar um tapa.
O delegado Paulo Calil, responsável pelo caso, disse que apura se houve crime de tortura. O celular da ex-funcionária foi apreendido para perícia do material gravado.
A defesa da fonoaudióloga informou, em nota, que colabora com as investigações policiais. O comunicado ainda afirmou que a família da suspeita teve que sair de casa por medo de represálias.
"A defesa aguarda o laudo dos vídeos e colabora com as investigações. Sobre os prints, a defesa não irá se manifestar para preservar as partes envolvidas e por entender que o processo irá tramitar em segredo de Justiça.", disse a defesa ao G1.
Foto Destaque: Imagem ilustrativa. Reprodução/Arquivo Pessoal.