O corpo do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor foi velado, nesta quarta-feira (16), no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. A cerimônia, que começou às 11h da manhã e aberta ao público, contou com nomes relevantes da arte nacional como os atores Caio Blat, Fernanda Torres, Luisa Arraes e Bárbara Paz. Às 16h aconteceu a cremação, restrita somente aos familiares.
Arnaldo morreu aos 81 anos na madrugada de ontem (15) em São Paulo. Ele já estava internado no Hospital Sírio-Libanês há dois meses, desde o dia 16 de dezembro do ano passado.
Fernanda Montenegro e sua filha, Fernanda Torres, chegando ao velório (Foto: Divulgação/ Webert Belicio/ AgNews)
Trabalhos
Arnaldo Jabor deixa um legado de relevância para o audiovisual brasileiro. Seu destaque veio com o filme "Eu Sei Que Vou Te Amar", de 1986, onde o cineasta roteirizou e dirigiu.
Contando a história de um jovem casal que após terminar o namoro decidem se reencontrar para discutir a relação, o filme foi indicado à Palma de Ouro de Melhor Filme em Cannes. O filme tem Fernanda Torres e Thales Pan Jacon.
Jabor também se destacou pelo roteiro e direção do drama "Toda nudez será castigada", de 1973, com Darlene Glória e Paulo Porto no elenco. Contando a história de um viúvo religioso que enfrenta dilemas após se apaixonar por uma prostituta, ele conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim. A obra foi o primeiro filme vencedor do Festival de Cinema de Gramado.
Sua popularização fora do público audiovisual veio após se tornar comentarista político dos telejornais da TV Globo, em 1991.
Muito além do cinema, literatura e jornalismo, Arnaldo Jabor também deixa sua contribuição para a música brasileira. Ele é o compositor de canções de sucesso como "Amor e Sexo", ao lado de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e "Samba Exaltação", em parceria com Cristóvão Bastos.
Foto Destaque: Arnaldo Jabor em seu período de trabalho na Rede Globo - Crédito: Reprodução/TV Globo