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Expansão territorial da milícia pode estar por trás do assassinato de Marielle Franco

A ex-vereadora lutava por moradias populares em áreas de interesse da milícia. Neste domingo (24), os Irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio de Janeiro, foram presos acusados de serem os mandantes do crime

24 Mar 2024 - 13h10 | Atualizado em 24 Mar 2024 - 13h10
Expansão territorial da milícia pode estar por trás do assassinato de Marielle Franco Lorena Bueri

Segundo os investigadores da Polícia Federal, o assassinato da vereadora Marielle Franco teve motivações relacionadas à expansão da milícia no território do Rio de Janeiro. A ex-parlamentar do PSOL lutava por moradias populares em áreas dominadas pela milícia. Os investigadores trabalham com outras teses, mas a questão territorial é a que ganhou mais força.

Na manhã deste domingo (24), dois suspeitos foram presos acusados de serem os mandantes intelectuais do crime. Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro e irmão de Domingos. Em 2008, Domingos Frazão chegou a ser citado na CPI das Milícias. Os irmãos coordenam a área de Jacarepaguá, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro e dominada por grupos paramilitares.

Além dos dois, a polícia também prendeu Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil à época do atentado e acusado de atrapalhar as investigações. Rivaldo foi indicado para assumir o posto um dia antes do assassinato e chegou a receber a família de Marielle no dia seguinte do crime. Os três serão interrogados ainda neste domingo, na superintendência da PF.


Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos neste domingo (Foto: reprodução/CNN Brasil/Mario Agra/Câmara dos Deputados/Tomaz Silva/Agência Brasil)


Conforme o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o caso terá desfecho ainda no primeiro semestre deste ano. Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018, em uma rua do Rio de Janeiro, próximo à Prefeitura da cidade. Nestes seis anos, não haviam sido descobertos os mandantes e os motivos.

Deleção premiada

Os nomes dos mandantes foram dados pelo ex-PM Ronnie Lessa, preso desde 2019 sob acusação de ser um dos executores do crime. Nos últimos dias, Lessa resolveu fazer o acordo de delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes na terça-feira (19)

Como havia informado em depoimento, os acusados integram um grupo político poderoso no Rio com vários interesses em diversos setores do Estado. Ronnie deu detalhes dos encontros, indícios sobre as motivações e os valores do crime. Todo o depoimento foi gravado.

A defesa de Lessa abandonou o caso na quarta-feira (20), sob a alegação de que o escritório não atua para delatores. "Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada, [...] A partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa", afirmou a nota feita pelos advogados.

Mudanças na investigação

Desde o dia do crime, as investigações ficaram a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, RJ. Contudo, em fevereiro do ano passado, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou a PF a abrir um inquérito para investigar o atentado.  


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População protesta por justiça para Marielle e Anderson (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Com a nova direção da PF, uma equipe técnica foi nomeada para trabalhar na superintendência do Rio de Janeiro. Desde então, foram escalados os melhores policiais federais para integrar a equipe.

Foto destaque: Marielle Franco no dia do lançamento do Dossiê Mulher Carioca (Reprodução: Instagram/ @institutomariellefranco)

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