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Estudo aponta alto índice de intervenção policial em mortes de pessoas negras

Uma pessoa negra foi morta pela polícia a cada 4 horas no último ano. Bahia assume o topo do ranking em casos envolvendo intervenção policial e ultrapassa o Rio de Janeiro.

16 Nov 2023 - 15h39 | Atualizado em 16 Nov 2023 - 15h39
Estudo aponta alto índice de intervenção policial em mortes de pessoas negras Lorena Bueri

De acordo com uma pesquisa feita pela Rede de Observatórios em oito estados diferentes, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Ceará, revelou que das 3.171 mortes registradas pelos pesquisadores no último ano, 2.770 são negros. Bahia e Rio de Janeiro lideram a lista com mais casos envolvendo pessoas negras.

Bahia e Rio de Janeiro

O estudo registrou 1.121 mortes de pessoas de pele negra na Bahia, apenas em Salvador, foram 394 mortes das 438 analisadas. A maioria das vítimas, 74,21%, tinha idade entre 18 e 29 anos. O aumento da violência policial no Estado também chamou a atenção, o Rio de Janeiro que tinha a maior incidência de casos desse tipo, agora ocupa o segundo lugar no ranking com 1.042 mortos.

Um caso de maio de 2022 na capital carioca foi o do jovem Ruan Nascimento, de 27 anos que foi baleado por policiais quando estava indo cortar o cabelo. A mãe do garoto contou sobre sua deficiência intelectual e a crueldade dos policiai. “A polícia vem aqui e faz o que faz achando que todos nós somos bandidos, traficantes”.

Estado de São Paulo

No Estado de São Paulo, os estudos mostraram uma redução de quase metade das mortes comparadas ao ano de 2021, que foram 867. Em 2022, a Rede de Observatórios apontou 419 casos, sendo destes, 63,90% são pessoas negras. Santos é a segunda cidade com maior número de casos, com 16 vítimas, ficando atrás apenas da capital, com 157 mortes.

Outros Estados

A pesquisa diz que o Maranhão não inclui esses dados desde 2020. No Ceará, os registros feitos foram com base em 30,26% do total e no Pará, em 33,75%. Isso ocorre por conta da subnotificação e pela falta de detalhes sobre raça.

Nos casos que tinham dado no Ceará mostra que 80% das mortes foram de pessoas negras. No Pará, a omissão racial foi de 66,24%, mas nos casos em que são identificados, 93,30% das mortes envolveram pessoas negras por intervenção policial.


Policiais observando duas jovens negras andando pela rua. (Foto: reprodução/Tomaz Silva/EBC/RBA)


O Piauí teve 39 mortes analisadas, 22 foram na capital e mais da metade delas envolviam policias. No total das mortes, 88,24% eram negras.

Em Pernambuco, dos mortos registrados em Recife no ano passado, todos eram negros. A pesquisa mostra que 67% das vítimas no Estado tinham idade entre 12 e 29 anos. 

 

Foto destaque: movimento contra violência de pessoas negras (Reprodução/Nós)

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