O ex-policial militar, youtuber e, agora, ex-vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro (PL), foi exonerado de seu cargo na última quinta-feira, dia 18, após 48 membros do plenário da câmara, dos 50 que a integram, votarem a favor da cassação de seu mandato.
Monteiro ficou conhecido na internet por conta de seus vídeos, mostrando operações policiais e supostos flagrantes de crimes que ele encontrava. Em 2020 ele foi eleito como o terceiro vereador mais votado, à frente de outras figuras experientes da política carioca.
Com isso, alguns motivos levaram Gabriel do patamar de um dos vereadores mais votados, até a cassação de seu mandato. Entre eles se encontram diversas denúncias de assédio moral e sexual, por parte de ex-assessores, denúncias de estupro, de ter mantido relações com uma menor de idade, entre outras coisas.
Gabriel Monteiro em reportagem no Fantástico (Foto: Reprodução/TV Globo)
A primeira a se destacar foi o vazamento de um vídeo que mostrava Gabriel Monteiro, tendo relações sexuais com uma menina de 15 anos. Conforme apurou o Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio, o ex-parlamentar sabia que a menina era menor de idade e que eles teriam se encontrado, diversas vezes, em sua mansão na Barra da Tijuca.
Também corroboram no processo as acusações, feitas por ex-funcionários, de assédio moral e sexual por parte de Monteiro. Eles disseram que diversas vezes o vereador pedia para que seus assessores mostrassem as partes íntimas e até os intimidava para que gravassem vídeos em situação de nudez, outros também disseram que ele ameaçava demitir as pessoas que não fizessem o que ele pedia.
Quatro mulheres também denunciaram o ex-PM, ao Ministério Público, por estupro. Duas vítimas se manifestaram e, após uma reportagem exibida no programa Fantástico, outras duas mulheres fizeram Boletim de Ocorrência. Uma delas diz que Gabriel tentou forçá-la a ter relações com ele e, em um dado momento, chegou a sacar uma arma e apontar para o rosto da vítima.
Gabriel Monteiro perdeu seu mandato e ainda é réu em outros processos também, como importunação sexual pelo MPRJ, mas continua podendo concorrer a deputado federal nas próximas eleições.
Foto Destaque: Gabriel Monteiro na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil