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Entenda como funciona a indústria de desmanches de veículos em São Paulo

Um desmanche pode ocorrer para venda de peças usadas. Os ilegais possuem ligação com roubos e furtos de veículos, e o esquema conta com vários grupos criminosos.

14 Ago 2023 - 10h40 | Atualizado em 14 Ago 2023 - 10h40
Entenda como funciona a indústria de desmanches de veículos em São Paulo Lorena Bueri

No primeiro semestre de 2023, mais de 46 mil veículos foram roubados somente na região metropolitana de São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), esse número representa 70% do total de casos no estado, que chega ao número de 65,8 mil. 

Um dos motivos dessa grande diferença pode estar ligado à concentração da população, visto que das outras 39 cidades da região, concentram 47% da população de São Paulo. Em um ranking, Santo André é a cidade com mais número de casos. Foram 401 roubos a cada 100 mil habitantes.

Segundo os dados da SSP, esse ano houve aumento de casos e todos os veículos são considerados, como carros, motos, caminhões e caminhonetes. 

Relação com desmanche de carros 

Há dois tipos de desmanche de veículos: os regulares e os irregulares. Os regulares são veículos desmanchados credenciados pelo Detran, ou seja, possuem regulamentos e não são veículos de uma ação criminosa. Os irregulares são os que possuem carros furtados e roubados para venda de peças por um preço inferior. Além da possibilidade de ser um veículo roubado, muitas peças possuem procedência duvidosa, o que acaba por prejudicar quem está comprando a peça. 


Operação da Polícia Civil em desmanche ilegal (Foto: Deiter 7/Polícia Civil)


Investigações policiais encontraram diversos pontos de desmanches ilegais. Só na região da cidade de Tiradentes, Zona Leste, foram encontrados 15 espaços irregulares. A Zona Leste é a campeã de ocorrências desses crimes.

No ano passado, também em Tiradentes, o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) investigou uma quadrilha especializada em desmanches. O depósito central ficava em Ferraz de Vasconcelos. A operação foi chamada de Céu Aberto, e contou com câmeras escondidas para monitorar a movimentação da quadrilha e entender o esquema. A operação Céu Aberto teve a participação de 35 policiais da 3ª Divecar e da Divisão de Investigações Contra Roubo de Veículos e Cargas e da 1ª Delegacia Divecar (Investigações sobre Roubo e Furto de Veículos).

Quatro homens foram presos nesta investigação. Três por mandado de prisão e outro em flagrante. 

Causa do aumento de roubos e furtos

A compra de peças usadas por um preço inferior ao mercado e sem a devida fiscalização do Detran, leva a um aumento de casos de roubos e furtos, por conta da procura. 

Segundo um especialista em Segurança Pública, Rafael Alcadipani, o aumento no mercado de peças usadas pode ter relação com um declínio econômico. “A gente teve uma depressão econômica, ou seja, a pessoa comprou um carro usado, que precisa de manutenção muitas vezes, e ela tá com menos dinheiro. Qual é a opção racional que a pessoa faz? Ela tenta comprar uma peça mais barata. Alimenta essa economia do roubo de carro”, diz ele. 

A recomendação, portanto, é evitar a compra de peças de veículos vindas de desmanches ilegais.

Foto Destaque: Desmanche ilegal em Guarulhos. Polícia Civil/SSP

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