A líder da central de vacinação de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, afirmou em sua declaração junto da Polícia Federal que concedeu a senha dos registros de vacinação para um secretário da cidade, João Carlos de Sousa Brecha. Na intenção que ele apagasse dados da vacinação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
De acordo com a Folha de São Paulo, Cláudia foi procurada no dia da exclusão pelo secretário, mas não chegou a receber os CPFs ou qualquer dado para deletar os documentos. Ela também informou a justificativa dada pelos envolvidos, que não há envolveram em problemas por se tratar de pessoas conhecidas e relevantes. Segundo informações, sua supervisora da secretaria da Saúde, Célia Serrano, havia aprovado o pedido do secretário.
No dia 3 de maio, a Polícia Federal (PF), realizou a operação Venire, na residência de Bolsonaro, que consiste em investigar possíveis fraudes nos documentos de vacinação. Cláudia foi um dos alvos da ação. Neste dia, além de quatro pessoas ainda não identificadas. Foram presos o secretário João Carlos Brecha, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens do Presidente da República.
Policia Federal/Breno Esaki/Metrópoles/Reprodução
Segundo as autoridades, foram incluídas informações falsas no sistema do Ministério da Saúde, e que esses dados haviam sido anexados por João Brecha em dezembro do ano passado que diziam que o ex-presidente tomou as duas primeiras doses da vacina contra a covid-19 em Duque de Caxias. Logo após, os registros foram excluídos pela enfermeira que informou que houve um “erro”.
A inclusão desses dados falsos seriam para que Bolsonaro conseguisse entrar nos Estados Unidos no dia 30 de dezembro. O certificado de vacinação pode ser emitido pelo aplicativo do ConecteSUS. A Polícia Federal marcou uma audiência do ex-presidente para terça-feira (16), para que ele possa dar seu depoimento sobre a possível fraude no cartão de vacinação.
A assessoria do político, afirmou que ele não se vacinou e que desconhece as senhas que foram usadas em seu nome para apagar registros ou para uma suposta vacinação com o intuito de viajar para os Estados Unidos, pois o ex-presidente não precisava estar vacinado para desembarcar no país
Foto destaque: Ex-presidente Jair Messias Bolsonaro/SERGIO LIMA/AFP/Getty Images/Reprodução
