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Em delação, Queiroz apontou Ronnie Lessa como executor de Marielle Franco

Élcio Queiroz aceitou fazer delação premiada e, em depoimento, confessou ter sido o motorista de Ronnie Lessa, quem teria feito os disparos que mataram a vereadora Marielle Franco

24 Jul 2023 - 15h32 | Atualizado em 24 Jul 2023 - 15h32
Em delação, Queiroz apontou Ronnie Lessa como executor de Marielle Franco  Lorena Bueri

Em fevereiro deste ano, após Flávio Dino assumir como Ministro da Justiça, o mesmo anunciou a intensificação da Polícia Federal junto do Ministério Público do Rio de Janeiro nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, que completou cinco anos em 2023.

Nesta manhã (24), o ministro anunciou que o ex-PM Élcio Queiroz - preso em penitenciária federal em Rondônia desde 2019, acusado de participar do atentado que tirou a vida da vereadora e de seu motorista, Anderson - a cerca de 15 dias foi convencido a fazer delação premiada, na qual afirmou ser Ronnie Lessa o autor dos disparos.

A quebra de confiança causada por uma mentira de Lessa, teria sido o motivo pelo qual Queiroz teria aceitado fazer a delação. Segundo o ex-PM, o companheiro teria dito que não havia feito uma pesquisa prévia sobre a vítima, sobre a vereadora, e tal situação o deixou apreensivo.


Socióloga e mestre em Administração Pública, Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro. Ela foi assassinada em 14 de março de 2018 em um atentado ao carro onde ela estava; 13 tiros atingiram o veículoMarielle Franco. (Foto: reprodução/Instagram/@marielle_franco)


Assassinato de Marielle Franco

Marielle Franco (PSOL), eleita em 2016, foi atingida por quatro tiros no rosto em 14 de março de 2018, aproximadamente às 21h30m, em seu próprio carro, dirigido por Anderson Pedro Gomes - morto também no atentado. 

Amigos da vereadora e colegas políticos levantaram a hipótese de se tratar de uma execução. E em 2019, um inquérito policial concluiu que dentro das forças policiais havia uma atuação para atrapalhar as investigações do caso, incluindo um esquema de suborno. O caso já passou por cinco delegados e quatro equipes de promotores, sem se chegar a uma definição de quem teria sido o mandante ou, os mandantes, do crime.

Durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi solicitado ao Superior Tribunal de Justiça a federalização do caso devido às descobertas sobre a situação que ocorria dentro do departamento local, o que foi negado pela ministra Laurita Vaz que, na ocasião, fez críticas à imprensa e elogiou o empenho e o trabalho dos responsáveis pela investigação até então.


Acusados no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes: Ronnie Lessa (à esq.) e Élcio Queiroz (à dir.)Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. (Foto: reprodução/Divulgação/PMERJ)


Delação Premiada

Segundo o delegado Jaime Cândido, da Polícia Federal, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (24) junto do Ministro Flávio Dino, o ex-PM, Élcio, relatou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, teria feito campanas e vigiado Marielle antes do assassinato, para saber de seus passos no dia a dia, e que ele seria o motorista de Ronnie Lessa, autor dos disparos, mas que, de última hora, teve que trocar com Élcio, que acabou sendo quem dirigiu o Cobalt prata, usado no atentado a vida da vereadora.

Segundo Queiroz, Lessa teria usado uma submetralhadora, MP5K, do BOPE, que era usada por Lessa quando este atuava na corporação. Tal arma teria desaparecido quando o paiol da corporação pegou fogo e, posteriormente, teria sido comprada e reformada por Ronnie. O delator afirmou não saber o fim dado à arma do crime, mas comentou que Lessa teria dito não ter a intenção de se desfazer dela porque gostava muito da arma e também tinha medo que fosse descoberta se vendesse, por exemplo. Também contou que Suel é quem teria “se livrado” do carro e da arma.

Os réus serão julgados pelo Tribunal do Júri, porém, sem data marcada ainda.

Foto Destaque: Ministro da Justiça, Flávio Dino, em coletiva no dia 24 de julho de 2023. Reprodução/CNN

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