A Lojas Americanas anunciaram nos últimos dias uma grave crise econômica que abalou o mercado e a sociedade como um todo. A holding brasileira fundada em 1929 vem tentando negociar uma forma de amenizar o rombo através da renegociação e parcelamento das dívidas.
Nos últimos dias a empresa anunciou uma parceria com a A Rothschild & Co (que atuará como interlocutora na renegociação dos dividendos tanto em solo brasileiro quanto no exterior) em informação divulgada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No entanto de acordo com o especialista Michel Viriato, tanto a geração de caixa será insuficiente para pagamento das dívidas e também para pagar os juros já gerados pela empresa de varejo.
Americanas tem anunciado rombos atrás de rombos e dívida parece sugar a alma da empresa. (Foto: Reprodução de Internet)
Na opinião do especialista, o montante somado entre dívida e juros é superior ao que a empresa consegue arrecadar e uma renegociação com credores é praticamente a única opção viável. De acordo com as últimas informações (divulgadas na última sexta feira 13), a dívida das Lojas Americanas já chega perto dos surpreendentes R$ 40 bilhões.
“Foram levantados, a princípio, R$ 40 bilhões de dívida. O Ebitda da empresa no ano anterior foi por volta de R$ 3 bilhões. Em uma conta simples, se essa dívida corre com juros de 10% ao ano, são R$ 4 bilhões [de juros ao ano]. Então o Ebitda, que é a geração de caixa da empresa, não dá conta de pagar nem a despesa financeira da dívida, quiçá o principal.” - Michel Viriato
Tentando desesperadamente buscar parceiros para evitar o colapso, já que está em meio ao abismo, a Americanas teve uma baixa de 38,41%, a R$ 1,94 no valor de suas ações de acordo com a Money Times. A negociação com bancos parece a única saída aparente em uma situação onde decretar falência parece um caminho não completamente descartável mesmo com toda tradição e história das Lojas Americanas no mercado de varejo.
Foto Destaque: Americanas parecem não achar uma saída para a grave crise financeira e a dificuldade em renegociar parece não ter solução. Reprodução/Lei Seca Maricá)
