Nesta semana, entre terça-feira (17) e quinta-feira (19), a Polícia Federal prendeu 19 candidatos que disputam as eleições municipais deste ano. A operação ocorreu em diversos estados do país.
De acordo com a PF, os detidos possuíam mandados de prisão em aberto e são de partidos destintos.
Crimes cometidos pelos candidatos
Os mandados de prisão em aberto são pelos crimes de tráfico de drogas, corrupção ativa, estupro de menor, porte ilegal de armas, dívida por pensão alimentícia e imigração ilegal de menores.
Segundo um levantamento feito pelo G1, cerca de 61 candidatos de diferentes partidos estão com mandados de prisão em aberto. Até o momento, desses 61, apenas 19 foram presos, mas a expectativa é que mais candidatos sejam presos nos próximos dias.
O G1 tentou contato com todos os 61 candidatos e seus respectivos partidos, mas a maioria não se manifestou.
Proibição de candidatura
Pela legislação, um mandado de prisão não impede que alguém se candidate, porém, a gravidade das infrações chama a atenção, principalmente por se tratar de um cargo público.
A proibição para disputar o cargo só vale para condenados de forma definitiva ou quando há uma sentença por um colegiado de juízes. Porém, os candidatos com mandados de prisão podem ser presos caso encontrados pelas autoridades.
Segundo Alberto Rollo, advogado especialista em direito eleitoral, no caso de dívida por pensão alimentícia, o candidato não pode ser impedido de se candidatar, mesmo que seja condenado. "Eles não são impedidos de concorrer, porque ela [a condenação por não pagamento de pensão] não entra no rol de restrições da Ficha Limpa.", diz o advogado.
Candidatos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, Dirlei Paiz, Henrique Pimenta e Marcos Geleia (Foto: reprodução/Redes sociais/YouTube/G1)
Ainda segundo o G1, uma reportagem mostrou que havia 3 candidatos a vereador em PR, SC e SP com mandados de prisão em aberto por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro (2023).
Foto Destaque: Urna eleitoral (Reprodução/WebTerra)