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Élcio Queiroz e Ronnie Lessa são condenados pelo assassinato de Marielle

Depois de mais de 6 anos do caso Marielle, os assassinos Élcio Queiroz e Ronnie Lessa são condenados pelo Tribunal do Juri do Rio de Janeiro

31 Out 2024 - 19h39 | Atualizado em 31 Out 2024 - 19h39
Élcio Queiroz e Ronnie Lessa são condenados pelo assassinato de Marielle Lorena Bueri

Os ex-policiais Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, assassinos de Marielle, foram condenados nesta quinta-feira (31) após o caso da morte da vereadora ficar em aberto por mais de seis anos. Eles confessaram o crime, mas os suspeitos de serem os mandantes ainda serão julgados.

Pena dos assassinos de Marielle

O caso do assassinato da vereadora Marielle ficou em aberto por mais de seis anos e repercutiu no mundo inteiro. Na última quarta-feira (30), os depoimentos aconteceram por 14 horas, os dois ex-policiais do Rio de Janeiro confessaram o crime e receberam suas sentenças nesta quinta-feira (31) no  4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

O militar Ronnie Lessa confessou que seriam pagos a ele R$ 25 milhões para realizar o crime. Ele realizou os disparos e foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio recebeu a sentença de 59 anos e 8 meses de prisão.


Juíza lendo condenação dos assassinos de Marielle (vídeo: repodução/x/@GugaNoblat)


Crimes e acordo de delação

Os crimes pelos quais eles foram acusados foram os seguintes: duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, que era assessora de Marielle e sobreviveu a tentativa de assassinato (e foi a primeira testemunha a depor sobre o caso) e também a receptação do Cobalt prata, clonado, que foi usado no crime.

No entanto, conforme o chamado ''acordo de delação premiada'' (acordo onde, quando o acusado colabora com as investigações, recebe uma vantagem, como, por exemplo, a diminuição da pena) que ambos assinaram, suas penas deverão ser menores. Élcio irá cumprir por volta de 2 anos em regime fechado e Ronnie Lessa 18 anos em regime fechado e 2 anos em regime semiaberto.

Para conseguir o acordo de delação premiada, Lessa e Queiroz teriam auxiliado na investigação contra os possíveis mandantes do caso e mentores do assassinato, que ainda irão ser julgados no STF.

Foto destaque: Élcio Queiroz e Ronnie Lessa (reprodução/x/ @mayaragomes_nit)

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