Na manhã da última terça-feira (28), o centro Ismaelita sofreu um atentado por um homem armado com uma faca e que matou duas pessoas que estavam no local. A polícia tentou desarmar o homem, que só parou após ser baleado pelas autoridades e foi hospitalizado juntamente com as outras vítimas.
O centro Ismaelita, de acordo com o seu site, tem 18.500 metros quadrados e realizava atividades como conferencias, exposições e atividades culturais no momento do atentado.
Imagem aérea do centro Ismaelita localizado em Lisboa. (Reprodução/G1)
As vítimas fatais do crime são duas mulheres, de aproximadamente 40 e 20 anos. Segundo a polícia foi realizada a tentativa de desarmar o homem, mas ele se recusou e tentou avançar nos policiais que atiraram na sua perna.
O homem responsável pelo ataque seria afegão, segundo as autoridades que estão cuidado do caso. Mas não se sabe ainda se ele é de algum grupo específico.
O Primeiro-ministro, António Costa, informou que tudo indicava que esse fosse um “caso isolado” e que não se devia tirar conclusões precipitadas sobre o crime. “Mas tudo aponta para um caso isolado”, informou o primeiro-ministro.
O centro em que houve o ataque é frequentado por ismaelitas, um grupo xiita minoritário que tem sofrido atentados em países como Paquistão e Afeganistão. Mas até o momento desta publicação, nenhum grupo havia reivindicado o ataque.
Portugal normalmente não costuma ter atentados, o último registrado no país foi no dia 27 de julho de 1983, onde um grupo de 5 pessoas armênicas atacou a embaixada da Turquia também em Lisboa.
Os Ismaelitas são uma minoria corrente do Islã Xiita, que tem sua sede mundial em Lisboa e cerca de 7 mil membros moram na cidade. Estimasse que mais de 15 milhões de pessoas sejam praticantes e que estejam espalhadas em mais de 30 países.
Foto destaque: Atentado em centro Ismaelita. Reprodução: G1.