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Donald Trump pede que juiz rejeite processo por difamação

O presidente eleito é acusado de fazer comentários difamatórios contra "os Cinco de Central Park” em debate eleitoral contra Kamala Harris em setembro

12 Dez 2024 - 14h00 | Atualizado em 12 Dez 2024 - 14h00
Donald Trump pede que juiz rejeite processo por difamação Lorena Bueri

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, pediu ontem, quarta-feira (11) que o juiz federal rejeite o processo que o acusa de fazer comentários que contém difamação sobre cinco homens negros e latinos que foram erroneamente condenados e presos pelo estupro de uma mulher branca, no Central Park, em 1989, durante a campanha eleitoral para a presidência deste ano. 

Advogados de defesa de Trump alegaram no processo que seus comentários sobre os homens conhecidos como "Os Cinco do Central Park" estavam amparados legalmente pela liberdade de expressão.

Durante um debate presidencial contra Kamala Harris, no dia 10 de setembro, Donald Trump declarou falsamente que os cinco homens tinham matado uma mulher e confessado esse crime. Porém, em 2002 os cinco homens foram declarados como inocentes após evidências de DNA e da confissão de outra pessoa.

Além disso, os advogados de Trump sustentaram que a Primeira Emenda da Constituição “garante a proteção do discurso do presidente eleito em questões de interesse público”.



Donald Trump publica anúncio de página inteira em quatro jornais de Nova York, clamando pela "volta da pena de morte" (Reprodução/Arquivo de Notícias do NY Daily)


Os cinco processam Trump

No dia 21 de outubro, Antron Brown, Kevin Richardson, Korey Wise, Raymond Santana e Yusef Salaam entraram com uma ação judicial contra o até então, candidato republicano a presidência, Donald Trump. A queixa, apresentada a corte na Pensilvânia, acusa o Trump de ter feito comentários "falsos e difamatórios" durante o debate ocorrido em setembro. 

Shanin Specter, advogado dos Cinco do Central Park expressou sua expectativa de que os argumentos de Trump sejam rejeitados. “Estamos prontos para avançar e dar continuidade ao julgamento”, declarou.

O processo também destacou que, onze dias após o ataque no Central Park, Trump publicou um anúncio de página inteira em quatro jornais de Nova York, clamando pela "volta da pena de morte".


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Yusef Salaam, Raymond Santana, Korey Wise, Antron McCay and Kevin Richardson no evento Netflix FYSEE em 2019 (Reprodução/David Livingston/Getty Images Embed)


Do crime a absolvição 

Em abril de 1989, cinco adolescentes — quatro negros e um latino — foram acusados de estuprar e quase matar uma jovem branca que estava correndo em um parque de Nova York. Apesar das falhas na acusação e do fato de que o DNA dos adolescentes não correspondia ao encontrado na cena do crime, os cinco foram injustamente condenados e cumpriram penas que variaram de 6 a 13 anos na prisão. Durante extensos interrogatórios sem a presença de advogados, eles foram pressionados a fazer confissões nas quais se incriminavam mutuamente. Posteriormente, alegaram que essas declarações foram feitas sob coação. A verdade só veio à tona quando um estuprador em série confessou ser o verdadeiro autor do ataque.

Em 2014, Yusef Salaam, Raymond Santana, Kevin Richardson, Antron Brown e Korey Wise foram indenizados em US$ 41 milhões (R$ 233 milhões) por seu tempo na prisão. O caso, que ganhou destaque na mídia e revelou a discriminação racial em Nova York, inspirou a minissérie "Olhos que Condenam", disponível na Netflix.

Foto destaque: Presidente Donald Trump em Colorado durante campanha (Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

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