Júlia Andrade Cathermol Pimenta é suspeita de envenenar o namorado e empresário, Luiz Marcelo Ormond (44 anos), com o brigadeirão que, segundo a perícia policial, continha morfina e clonazepam, dias após terem ido morar juntos. Ela prestou depoimento a Delegacia Policial de Engenho Novo e, nesta segunda-feira (03/06), o portal UOL divulgou o vídeo do depoimento completo, onde a psicóloga dá detalhes de como era a rotina do casal e explica como foram os dias antes da morte do empresário. Júlia está encarcerada no sistema prisional do Rio de Janeiro, para onde foi transferida nesta quarta-feira (05/06).
Depoimento
O vídeo divulgado possui 54 minutos, em que a suspeita deu detalhes sobre os dias que antecederam a morte do namorado, desde a rotina dos primeiros dias em que moraram juntos e problemas durante o repasse de um estacionamento para outro rapaz. Embora tenha informado não saber maiores informações sobre os termos de venda da propriedade, ela alegou que Marcelo, a vítima do crime, estava muito conturbado nos últimos dias.
Em determinado momento, a psicóloga apresentou respostas divergentes a mesma pergunta, como quando foi questionada sobre como foi o decorrer do dia 18, uma sexta-feira. Inicialmente, ela alegou que eles desceram para tomar uma cerveja durante a tarde e que Marcelo tinha feito “queijo e presunto, isso a noite”, ela afirmou e quando retornaram para casa, ainda sem escurecer, Marcelo estava “soando pra caraca” e demorou muito no banho.
Segundo o G1, o delegado do caso afirmou ter ficado horrorizado com a frieza da suspeita: “É um caso aberrante. Porque evidencia extrema frieza. Impressionante”, alegou.
Depoimento completo de Júlia Pimenta (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)
Cigana
Suyany Breschak, cigana que tratava a psicóloga espiritualmente, segundo informações do G1, está sendo apontada como a mandante do crime. Uma das novas testemunhas que prestaram depoimento a 25ª DP afirmou ter conhecimento sobre o passado de Breschak e que sabia da motivação da morte do empresário, mas que está enfrentando ameaças da família da cigana, que atualmente encontra-se presa suspeita de envolvimento no crime.
Em depoimento, a cigana alegou que fazia trabalhos espirituais para Júlia há 12 anos e que ela tinha uma dívida no valor de R$ 600 mil por esses serviços, além de que a psicóloga tinha contado para ela, em detalhes, como teria produzido dois brigadeirões e que um deles tinha 50 comprimidos moídos de um medicamento chamado Dimorf.
Ainda de acordo com a reportagem do G1, Breschak também alegou que Júlia teria contado como foram os últimos momentos do namorado e que ficou insuportável conviver com o cadáver do namorado em casa.
Foto destaque: Júlia Pimenta se entrega a Polícia (Reprodução/O Globo/Alexandre Cassiano)