De acordo com documentos vazados ao consórcio jornalístico Facebook Papers, conteúdos tóxicos como discurso de ódio, desinformação, violência explícita e desencorajamento cívico possuem maior alcance no Brasil.
Estudos e relatórios foram vazados do Facebook, pelo Frances Haugen, ex-funcionário da empresa de Marck Zuckerberg. Parte destes documentos apontam que o Brasil é classificado como um “país de risco”, em relação a esses conteúdos, em companhia de Índia, Egito, Turquia e Filipinas.
A rede social Facebook tem documentos vazados por ex-funcionário. (Foto: Solen Feyissa/Unsplash)
Em 2020, a rede social questionou a forma como os usuários se sentiam ao serem convidados para participar de grupos onde conteúdos tóxicos são divulgados. De acordo com o estudo, nos países classificados como “países de risco”, esse tipo de informação causa maior impacto.
O Facebook realizou outro estudo, entre os meses de março e abril de 2020, com o objetivo de identificar experiências negativas dos usuários do Brasil, Colômbia, Índia, Indonésia, Japão, Estados Unidos e Reino Unido.
Além de analisar experiências dos usuários, o estudo aponta os conteúdos publicados que violam as regras do serviços. Questionamentos sobre outras redes sociais como Twitter e Snapchat também foram abordados.
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Na pesquisa elaborada, 17 categorias foram examinas, entre elas destacamos conteúdo cívico inflamatório, inautenticidade cívica, conteúdo falso ou enganoso, bullying, violência explícita, discurso de ódio, nudez terrorismo e exposição infantil indevida.
De acordo com a pesquisa, o Brasil é o país que possui o maior alcance em relação ao conteúdo considerado com “de baixa qualidade”, sendo o 2º pior colocado em discurso cívico inflamatório.
Em outro documento vazado, é divulgado uma lista de países que deveriam ter prioridade em monitoramento sendo o Brasil um deles.
“Bilhões de pessoas no mundo, inclusive no Brasil, usam nossos serviços porque veem utilidade neles e têm boas experiências. Já investimos US$ 13 bilhões em segurança globalmente desde 2016 –estamos a caminho de investir US$5 bilhões só neste ano”, declarou a rede social Facebook.
Foto destaque: rede social Facebook. REUTERS/Dado Ruvic