Na Argentina, as eleições presidenciais do último domingo (19) marcaram a vitória do economista Javier Milei, com 55,76% e quase 3 milhões de votos à frente de Sérgio Massa. Diana Mondino, deputada e economista de 65 anos, é uma das principais cotadas para o Ministério das Relações Exteriores no novo governo. Mondino, conhecida por suas polêmicas, já comparou o casamento homoafetivo a ter piolhos.
Deputada é figura controversa
Diana Mondino, além de ser cotada para o Ministério das Relações Exteriores, em caso de não obter essa posição, pode assumir um cargo de liderança do governo na Câmara, já que se tornou deputada em Buenos Aires.
Em entrevista no início de novembro, ao discutir o casamento homoafetivo, Mondino fez uma comparação controversa, associando-o a ter piolhos. “Filosoficamente, como liberal, apoio o projeto de vida de cada um, muito mais amplo do que o matrimônio igualitário. Deixe-me exagerar: se você escolhe não tomar banho, ficar cheio de piolhos, essa é a sua escolha. Depois, não reclame se alguém não gostar de você por ter piolhos”, declarou Diana.
Diana Mondino é cotada para assumir Ministério das Relações Exteriores em novo governo (Foto: reprodução/ iG Gente)
Ela também afirmou que, sob a nova gestão, não tem intenção de aderir ao BRICS — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, a menos que haja interesses específicos.
Outros cotados a ministérios têm falas polêmicas
Martín Krause, de 71 anos, também economista, é outro dos nomes levantados para compor os ministérios do presidente Javier. Krause pode assumir a área da educação. Assim como Diana, Martín, da extrema-direita, já teve falas polêmicas. Em um seminário na Universidade Di Tella, em setembro, Krause criticou a falta de disciplina e o comprometimento dos argentinos em relação ao trabalho, fazendo uma comparação com o Holocausto.
“Imaginem se, na Gestapo, tivessem sido argentinos. Não teria sido melhor? Porque, em vez de matar seis milhões de judeus, teriam sido menos. Teria havido propinas, ineficiência e teriam ficado dormindo [...] Mas eram alemães; foi esse o problema”, afirmou Martín.
Economista Martín Krause faz comparação com o trabalho argentino ao holocausto (Foto: reprodução/ PanAm Post)
Extrema-direita vence eleições à presidência
Novo presidente da Argentina, Javier Milei, vence com 44% dos votos válidos (Foto: reprodução/ Exame)
Javier Milei, economista ultraliberal do partido A Liberdade Avança, venceu as eleições presidenciais na Argentina no último domingo. O atual ministro da economia Sérgio Massa, do Unión del Centro Democrático, teve 44,23% do votos.
Milei deve governar o país pelos próximos quatro anos. Quase 26 milhões de argentinos votaram, com o candidato da extrema-direita vencendo em 20 das 23 províncias, incluindo a capital Buenos Aires.
Foto destaque: Javier Milei, novo presidente argentino, ao lado da deputada Diana Mondino (Reprodução/Metrópoles)