Nesta segunda-feira (2), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um novo pedido para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, seja impedido de continuar conduzindo a investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado e um plano para assassinar autoridades, incluindo o Presidente Lula (PT) . Além disso, a defesa também solicita a anulação de todos os atos e decisões de Moraes relacionados aos casos.
Justificativa: Moraes teria interesse pessoal
Os advogados de Bolsonaro argumentam que Moraes não teria imparcialidade para seguir à frente do inquérito, uma vez que ele seria uma das vítimas do plano de exterminação. A defesa sustenta que esse envolvimento caracteriza interesse pessoal do ministro, o que pode comprometer a condução das investigações.
Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)
Reincidência no pedido
Não é a primeira vez que a defesa de Jair Bolsonaro entra com um pedido de afastamento de Moraes na investigação sobre o possível golpe. Em fevereiro, eles já haviam apresentado uma solicitação, mas foi negada pelo presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso. Agora, o plenário do Supremo irá julgar um recurso contra essa decisão nesta sexta-feira (6).
Especialistas consultados pela CNN afirmaram que não há nenhum tipo de irregularidade na atuação de Moraes, pois os crimes investigados configuram um atentado contra o Estado Democrático de Direito. Segundo eles, a vítima, nesse caso, não se trata de uma pessoa física, mas sim a coletividade.
Análise do Inquérito Pela PGR
Também nesta segunda-feira (2), a Procuradoria Geral da República (PGR) iniciou a análise do inquérito da Polícia Federal (PF), que envolve Bolsonaro e outras 36 pessoas no suposto atentado contra a democracia. A PGR avaliará se os investigados serão denunciados pelos crimes de tentativa de golpe de estado, organização criminosa e abolição do Estado Democrático de Direito.
Foto destaque: Ex-presidente Jair Bolsonaro (reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro)