Na última sexta-feira (22), a Suprema Corte dos Estados Unidos surpreendeu ao postergar o julgamento crucial envolvendo a imunidade judicial do ex-presidente Donald Trump. O caso gira em torno da acusação de conspiração para anular as eleições de 2020 no país norte-americano.
A decisão de adiar o processo veio após o promotor especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, apresentar um pedido de antecipação, imediatamente após a Suprema Corte do Colorado vetar a elegibilidade de Trump para concorrer nas próximas eleições. A solicitação, contudo, foi rejeitada pela Suprema Corte, que, até o momento, não divulgou os fundamentos que embasaram a decisão.
Detalhes do ocorrido
A postergação do julgamento foi recebida com satisfação pela equipe de defesa de Trump, que tem buscado adiar todos os processos pendentes contra o ex-presidente nos Estados Unidos. Os advogados de Trump almejam adiar o julgamento até o final das eleições de novembro de 2024, argumentando que o ex-presidente dispõe de "imunidade absoluta" e não pode ser processado por decisões tomadas durante seu mandato na Casa Branca.
O processo agora deve prosseguir para um tribunal de recursos, com alta probabilidade de retornar à Suprema Corte nos próximos meses. Antes da decisão de adiamento, o início do julgamento estava marcado para 4 de março no Tribunal Distrital Federal em Washington.
Diante desse adiamento, Jack Smith instou uma análise imediata do caso, solicitando ao magistrado que avaliasse se a absolvição de Donald Trump no Senado, em 2021, por "incitação à insurreição", poderia anular os processos em curso. A defesa argumenta que um réu não pode ser julgado duas vezes pelo mesmo crime, levando a questão a uma complexidade adicional.
Ex-presidente Donald Trump (Foto: reprodução/ Scott Olson / Getty Images via AFP)
Sobre o caso
O ex-presidente, Donald Trump, de 77 anos, e liderando as preferências para a indicação republicana, enfrentou acusações em agosto relacionadas à suposta tentativa de manipulação dos resultados das eleições de novembro de 2020. Essas eleições foram vencidas pelo democrata Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, o qual alega-se que Trump desempenhou um papel coordenado nesse esforço, culminando na insurgência de seus apoiadores.
Foto destaque: Donald Trump (Reprodução/ Joe Raedle / Getty Images Via AFP)