Na manhã desda quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) começou uma operação que investiga suspeitos de planejar matar e sequestrar autoridades. Os suspeitos são integrantes da faccção criminosa PCC que monitoraram a família do atual senador Sergio Moro e sua família. Outro alvo dos criminosos era o promotor de Justiça, Lincoln Gakiya, que investiga o grupo criminoso desde o início dos anos 2000. Até o momento, nove suspeitos foram presos pela PF.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo, a família de Moro estava sendo vigiada desde janeiro. O promotor Gakiya foi quem alertou Mário Sarrubo, o procurador de Justiça de São Paulo, sobre Moro estar sendo monitorado. Sarrubo, por sua vez, alertou Moro e a cúpula da Polícia Federal.
A PF deflagra na manhã desta quarta a Op. Sequaz, com objetivo de desarticular organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação.
— Polícia Federal (@policiafederal) March 22, 2023
Polícia Federal faz publicação sobre a operação. (Foto: Reprodução/Flávio Dino/Twitter)
Aponta os investigadores que dez pessoas se revezavam para vigiar Moro e sua família, tendo alugado, casas, chácaras e um escritório ao lado de endereços da família. Os planos teriam começado em 2022 e o crime seria por causa de mudanças no regime de visitas em presídios. Além da transferência de Marcola, chefe da faccção criminosa e outros integrantes para presídios de segurança máxima. A facção opera dentro e fora dos presídios do Brasil e internacionalmente.
Suspeitos presos nesta manhã pela PF. (Foto: Reprodução/Wesley Justino/EPTV)
A operação da PF prendeu, até o momento, nove pessoas suspeitas de integrarem a facção criminosa que planejava os atos contras as autoridades públicas. Ainda segundo a investigação, os criminosos planejavam também homicídios e extorsão mediante sequestro de autoridades e servidores públicos em pelo menos cinco unidades da federação.
Moro comentou nas redes sociais sobre a operação da PF e disse que fará um pronunciamento sobre ser alvo de ameaças de um grupo criminoso.
Nas redes sociais, disse: "Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado".
De acordo com o G1, depois de alerta do Gaeco de SP, Moro e sua família contararam com escolta da Polícia Militar.
Foto Destaque: Moro e família foram monitorados desde janeiro por faccção criminosa.Reprodução/Stephanie Rodrigues/G1.