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Conheça Joana Ribeiro, juíza que impediu o aborto de uma menina de 11 anos que foi estuprada

A juíza Joana Ribeiro, ficou conhecida nacionalmente após impedir o aborto legal de uma criança de 11 anos, que estava com 22 semanas de gestação, após violência sexual.

22 Jun 2022 - 14h27 | Atualizado em 22 Jun 2022 - 14h27
Conheça Joana Ribeiro, juíza que impediu o aborto de uma menina de 11 anos que foi estuprada Lorena Bueri

Desde que uma juíza impediu o aborto de uma menina de 11 anos estuprada, todos se perguntam quem é a autora da decisão. A juíza responsável pelo caso é a catarinense servidora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Joana Ribeiro, de 43 anos.

Joana é especialista em Processo Civil e mestre em Direito pelo Programa de Mestrado Profissional em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e atua na área da infância e juventude, há 18 anos. Além disso, a juíza também é autora de livros sobre a primeira infância, e possui mais de 10 artigos publicados.

Em entrevista ao G1, ela disse que o direito da criança e adolescente, era sua paixão e que isso tinha sua total dedicação. E disse ainda, que sua decisão foi a melhor possível dentre as circunstâncias.

Segundo ela informou ao G1, a decisão de trabalhar na área veio quando era criança ao ver amigos ficando órfãos e outras crianças sendo abandonadas.

Ainda na entrevista ela complementa. “Passo os finais de semana lendo. Tenho uma biblioteca caríssima, eu compro livros importados... Eu estudo para isso, para fazer um caso como esse”.

Repercussão do caso

O caso repercutiu pela internet, após um vídeo da audiência ter sido publicado por internautas. Na filmagem é possível ouvir a juíza perguntando a menina se ela conseguiria segurar a gestação por mais “uma ou duas semanas”, e isso para aumentar a chance de sobrevivência do feto.


Vídeo mostra a Juíza Joana Ribeiro em audiencia com a menina de 11 anos (Vídeo: Reprodução/Youtube)


Foi no começo desse ano que a menina descobriu estar grávida de 22 semanas, e ao ser encaminhada a um hospital para interromper a gravidez, o pedido foi negado pela juíza.

Quando o vídeo repercutiu pela internet, as perguntas feitas pela juíza à menina de 11 anos, chocou o público. Joana pergunta a vítima se “ela gostaria de escolher um nome para o bebê” e recebe uma resposta negativa.

Em seguida pergunta sobre a gestação. “Você acha que o pai do bebê concordaria com a entrega para a adoção?”

Desde a decisão, a menina estava sendo mantida em abrigo para evitar que fizesse um aborto. Mas foi liberada na última terça-feira (21).

A família entrou com um pedido de habeas corpus, para realizar o procedimento de interrupção da gravidez.

Foto destaque: Juíza Joana Ribeiro. Reprodução/Instagram.

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