As autoridades de saúde estão preocupadas com a possibilidade de que a gripe aviária possa ser uma pandemia e afete a população brasileira. O primeiro caso registrado de gripe aviária no nosso país ocorreu em maio de 2023, e até o hoje já foram registrados cerca de 166 focos da doença, ocorrendo 163 em aves silvestres e 3 em aves de criação fechada.
O que dizem as autoridades de saúde
Conforme as falas da presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, será necessário obter avanços para a criação de vacinas mais eficazes, que possam evitar que isso aconteça. Os cientistas e autoridades de saúde possuem a esperança de que seja disponibilizada a vacina universal, que protegeria as pessoas contra todos os tipos de influenza, e de acordo com estudos já mostraram resultados positivos.
Um especialista explicou que: Trata-se de uma vacina de RNA mensageiro que incorpora o sequenciamento genético de todos os subtipos de influenza A e B. A vacina foi inicialmente testada em furões e ratos. Onde foi analisada a resposta imune de cada antígeno isoladamente, e os resultados obtidos foram extremamente positivos. Posteriormente, testaram a combinação das 20 cepas simultâneas nestes animais. Onde observaram o processo de indução de anticorpos contra as 20 cepas, e onde obtiveram uma resposta imune duradoura quatro meses após a vacinação.
Neurocirurgião fala sobre a gripe aviária (Vídeo: Reprodução/YouTube/Julio Pereira)
Produção de vacina contra a gripe aviária
As vacinas feitas para o combate ao vírus da gripe aviária foram desenvolvidas ao longo do mundo e são mantidas em estoque por 20 países, que as usarão em caso de emergência. No Brasil, os cientistas estão confiantes no imunizante que está sendo fabricado pelo Instituto Butantan e testado em animais, com resultados excelentes. O instituto Butantan está no momento trabalhando em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e recrutando voluntários para realizar os testes de vacinação/imunização em humanos, em meio a este processo eles aguardam a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar os testes. A presidente da Sbim destacou o quão importante é que o Brasil possa desenvolver uma vacina própria contra a gripe aviária o mais rápido possível, para que não seja necessário buscar vacinas de empresas estrangeiras. Ela explicou que este vírus consegue desenvolver novas mutações rapidamente e que possui muita facilidade para se adaptar e infectar o organismo rapidamente.
Foto destaque: Foto de uma dose de vacina (Reprodução/Instagram/@agenciabrasil)