O feriado prolongado de Carnaval não está sendo cheio de alegria para os moradores do litoral Norte de São Paulo. Na tarde de ontem, uma forte chuva atingiu o estado e, até então, o evento foi classificado como uma das maiores tragédias da história da terra da garoa.
Um exército de profissionais foram enviados à região para localizar possíveis sobreviventes e tentar conter minimamente os danos causados. O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, sobrevoou a área e anunciou o envio de aeronaves para ajudar no transporte de bombeiros para entrar em áreas mais críticas.
O município de São Sebastião foi o mais atingido pelas fortes chuvas, inclusive, o prefeito do local, Felipe Augusto, sobrevoou a região com o prefeito de São Paulo. Somado a isso, Luiz Inácio Lula da Silva, também passou pelos locais afetados de helicóptero antes de ir para a reunião que definiria as medidas para atenuar as consequências da calamidade.
O índice de chuvas de acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres) foi muito maior do que o esperado. Em Bertioga, 668 mm, que foi o recorde nacional, e em São Sebastião, 626 mmm. Em São Sebastião houve deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados.
Até a tarde de ontem de segunda-feira, 44 mortes foram confirmadas, e desse número, 40 eram moradores de São Sebastião. Entre as vítimas estão um bebê de 9 meses e uma criança de 7 anos, já os desaparecidos são, em média, 40. No total, 1730 pessoas estão desalojadas e 766, desabrigadas. A Defesa Civil recomendou que os moradores evitem o deslocamento para o litoral Norte. Quatro equipes da Guarda Civil Municipal que tem experiência na mata foram enviadas com alguns cães farejadores para tentar rastrear as pessoas. A calamidade pública se instaurou nessas regiões atingidas pelas chuvas. Os Bombeiros registraram um novo deslizamento em Juquehy, mas sem vítimas.
Foto destaque: Deslizamento de terra em São Paulo (Reprodução\ Carta Capital)