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China tem mês mais quente desde seus primeiros registros

Agravada pelo aquecimento global, cientistas alertam que a onda de calor na China pode se tornar uma das mais graves do mundo. O país também registra chuvas abaixo da média.

06 Set 2022 - 21h34 | Atualizado em 06 Set 2022 - 21h34
China tem mês mais quente desde seus primeiros registros  Lorena Bueri

Em 2022, a China vem enfrentando temperaturas climáticas extremas, condições essas agravadas pelo aquecimento global. Sendo medidos desde 1961, A onda de calor na China não é incomum especialmente no sul do país, mas recentemente essa onda de calor vem afetando a colheita e também a rede elétrica no país. 

O mês de agosto registrou a temperatura média de 22,4°c, o registro é 1,2°c acima do recorde registrado, informou a emissora estatal CCTV, que também citou o serviço meteorológico

O sul da China enfrentou mês passado o que os cientistas classificam como uma das ondas mais graves da história. Províncias como Sichuan e a grande cidade de Chongqing registraram temperaturas acima de 40°c por vários dias. Segundo CCTV mais de 260 estações climáticas em todo o país igualou ou romperam os recordes de calor para o mês de agosto.


Províncias na China registram 40°c


Foi registrado também como o mês mais seco já que as chuvas na China estiveram 23,1% a menos do que a média, e por falta de chuva, muitos rios se secaram incluindo o rio Yangtze considerado um dos maiores. “Mais uma vez, é um alerta para a China”, disse à AFP Li Shuo, da organização Greenpeace, em Pequim.

A temperatura colocou a rede elétrica em uma situação delicada, milhões de pessoas passaram a usar ar condicionado e com está situação várias províncias tiveram que racionar energia elétrica, o que afetou  as ações comerciais e empresariais.

No Sudoeste, para economizar energia, a província Chengdu, diminuiu a iluminação do metrô e desligou outdoors.

Muitas pessoas se refugiaram durante o dia em locais como shopping centers ou no metrô para encontrar ao menos um pouco de frescor.

A seca está sendo especialmente problemática para as lavouras de soja e arroz, colheitas que requerem muita água. Em agosto, metade do vasto território da China foi afetado em maior ou menor grau pela falta de chuva. Em razão a isso, o governo disponibilizou uma doação de 10.000 milhões de yuans (quase 1,5 milhões de dólares) para apoiar os agricultores.

Foto: Onda de calor atinge a China. Reprodução: Clima Info.

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