A assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, comunicou à Fox Business no começo da tarde desta terça-feira (8) que as taxas americanas de 104% sobre a China entrarão em vigor nesta quarta-feira (9).
Escalada tarifária entre EUA e China
A aplicação da medida se iniciou depois que a nação asiática manteve sua decisão de retaliar os Estados Unidos, ultrapassando o limite imposto pelo presidente americano Donald Trump, que se encerrava às 13h desta terça-feira (8).
Anteriormente, Trump havia publicado em sua plataforma online que aguardava um contato telefônico da China para tratar das tarifas, o que acabou não se concretizando.
Na madrugada, a China declarou que não recuaria de sua posição e que estava preparada para continuar respondendo aos aumentos tarifários, mesmo reconhecendo que "numa disputa comercial, não existem ganhadores".
Do anúncio à retaliação
Este novo desenvolvimento na disputa tarifária global liderada pelos EUA iniciou-se em 2 de abril, quando o então presidente Trump divulgou a aplicação de taxas de importação a produtos de cerca de 180 nações ao redor do mundo.
O continente asiático foi o mais impactado pelas novas tarifas. A alíquota anunciada por Trump para a China naquele dia foi de 34%, elevando a taxação total dos produtos chineses nos Estados Unidos para 54%.
China promete lutar contra tarifas americanas 'até o fim' (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan News)
Contudo, na sexta-feira (04), a China comunicou que também aplicaria tarifas de 34% sobre mercadorias americanas, em represália à medida imposta pelos Estados Unidos.
Diante disso, Trump elevou a pressão, ameaçando a China com taxas adicionais de 50% caso o país não desistisse da retaliação até esta terça-feira (8). Com a decisão de Pequim de manter sua posição, as tarifas de 104% se tornaram efetivas.
Em imediata reação às novas tarifas implementadas pelo governo Trump, a China expressou sua forte condenação por meio do Ministério das Relações Exteriores. A pasta divulgou uma declaração enfática, sinalizando que, caso os Estados Unidos persistam com o que chamam de guerras tarifárias e comerciais, ignorando os interesses tanto da China quanto da comunidade internacional, o país asiático se vê determinado a resistir até as últimas consequências.
Foto destaque: Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, ao lado do Presidente Donald Trump (Reprodução/Instagram/@karolineleavitt)