André dos Santos, brasileiro deportado de 26 anos que chegou a Belo Horizonte na última sexta-feira (07), se queixou de que para eles não importa tudo aquilo que você construiu no país, e que teve que deixar sua casa recém-mobiliada em Needham, Massachusetts e até mesmo seu furão de locação.
Ele trabalhou nos EUA durante 14 horas por dia, 7 dias por semana, como motorista de um guincho para sustentar sua família. O brasileiro chegou no segundo voo de deportados brasileiros vindo de lá. Durante seu depoimento, ele afirmou que sua esposa ainda está nos Estados Unidos, arrumando tudo para voltar ao Brasil e que ela está cuidando do bichinho, senão ele estaria passando fome.
André foi preso pela alfândega
André disse que foi preso pela imigração em novembro de 2024 enquanto estava no banco e passou cerca de dois meses e meio preso. Ele acionou órgãos como o Ministério da Justiça, o Ministério dos Direitos Humanos, o Ministério das Relações Exteriores e a Polícia Federal, mas não obteve nenhum retorno. Ele acredita que não conseguirá reaver seus pertences, pois os custos dos trânsitos e do transporte seriam altos demais.
Deportados brasileiros chegam no Brasil (Vídeo: Reprodução/YouTube/G1)
Relato de outros deportados
Assim como André, Pedro e sua esposa Camila relataram o mesmo problema, o casal não conseguiu nem pegar uma mala de mão para levar suas roupas e pertences pessoais como documentos, as suas alianças de casados, e itens de valor sentimental, apenas embarcando com a roupa do corpo e seus passaportes, seus cartões e documento como certidão de casamento ficaram no país americano. Eles comentaram que chegaram ao Brasil sem dinheiro e sem conseguir falar com sua mãe e familiares.
O governo dos Estados Unidos diz não se responsabilizar pelos itens perdidos ou deixados para trás pelos imigrantes deportados e que as pessoas que querem recuperá-los precisarão contar com a ajuda de amigos, ONGS ou empresas.
Foto destaque: André dos Santos é entrevistado pela imprensa brasileira (Reprodução/Instagram/@portalg1)
