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Brasil opta por não endossar investigação da ONU sobre violência no Irã

A decisão do Brasil de se abster na votação sobre as violações de direitos das mulheres no Irã levanta questões sobre a postura diplomática do país

06 Abr 2024 - 10h33 | Atualizado em 06 Abr 2024 - 10h33
Brasil opta por não endossar investigação da ONU sobre violência no Irã Lorena Bueri

A decisão do Brasil de se abster na votação da resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH-ONU), ocorrida nesta quinta-feira (4), acerca das violações de direitos no Irã, gerou intensos questionamentos e debates sobre os compromissos internacionais do país, especialmente em relação à igualdade de gênero e à defesa dos direitos das mulheres. Esta decisão brasileira surge em um contexto marcado por relatos contínuos de repressão e violência contra manifestações pacíficas no Irã.

Posicionamento brasileiro e desdobramentos da votação na ONU


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Presidente Lula recentemente em uma conferência na ONU (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Apesar das preocupações com as violações de direitos no Irã, o Brasil optou por se abster na votação da resolução da ONU pela ampliação das investigações. Essa decisão, comunicada pelo chefe da missão brasileira durante sessão da Comissão de Direitos Humanos, foi fundamentada em um espírito de cooperação.

A iniciativa, por sua vez, foi aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas com 24 votos de apoio, 15 abstenções e oito contra. Enquanto algumas nações expressaram apoio à realização de uma investigação e à prorrogação do mandato da equipe da ONU, outras, como Cuba e China, se posicionaram em defesa do governo iraniano.

Contradições e cobranças

O embaixador brasileiro na ONU, Tovar da Silva Nunes, justificou a posição do Brasil ressaltando a necessidade de diálogo construtivo e expressando confiança na disposição do governo iraniano em cooperar com os mecanismos de direitos humanos. Contudo, críticos argumentam que a abstenção do Brasil pode ser interpretada como uma omissão diante das graves violações denunciadas no Irã, especialmente quando considerados os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral. Segundo eles, a ênfase dada à igualdade de gênero como um compromisso central durante a campanha entra em conflito com a decisão de se abster na votação da resolução da ONU. Além disso, a presença da primeira-dama em eventos internacionais aumenta a expectativa por um envolvimento mais forte na defesa dos direitos das mulheres.

 

Foto Destaque: mulheres iranianas em caminhada no Irã (Reprodução/Morteza Nikoubazl/Getty Images Embed)

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