Neste sábado (1°), o Brasil começou a assumir a presidência de três entidades globais. Com a finalidade de voltar a estar nos centros de discussão do cenário internacional, agora o país vai presidir o Mercosul, G20 e o Conselho de Segurança da ONU.
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e agora foi incorporado a Venezuela e a Bolívia, que está em último processo de adesão. Inclusive, a expectativa entre os diplomatas, é de que Lula (PT) coloque medidas para fazer com que o acordo comercial com a União Europeia possa avançar, já que o texto é negociado desde 1999 e desde 2020, está na fase de revisão.
Já o Conselho de Segurança é composto de 15 países-membros, nos quais China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia tem assento permanente. Além deles, o Brasil irá presidiar o G20, um fórum informal que promove o debate aberto e construtivo entre países industrializados e emergentes sobre os principais temas relacionados à estabilidade econômica global.
Lula e o presidente dos EUA, Joe Biden. (Foto: reprodução/ Ricardo Stuckert)
Nos próximos meses, o presidente Lula (PT) tem viagens marcadas para a Bélgica, onde participa da cúpula Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos); África do Sul, para a reunião dos Brics; e Estados Unidos, para a Assembleia da ONU.
De acordo com uma fonte ligada ao ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, acredita que, ao presidir esses grupos, o Brasil poderá propor a discussão sobre temas como o acordo Mercosul-União Europeia; alterações climáticas; desenvolvimento sustentável; paz e segurança internacional; reforma do Conselho de Segurança da ONU e combate à desigualdade.
Vale lembrar que desde que tomou posse, em janeiro deste ano, o presidente Lula tem dedicado uma parte da agenda à política externa. Inclusive no primeiro semestre do governo, ele chegou a viajar para diversos países como, a França, Estados Unidos, China, Japão, Portugal e Argentina.
Foto Destaque: Luiz Inácio da Silva, presidente do Brasil, e Alberto Fernández, presidente da Argentina. Reprodução/Sinpro Campinas