Nesta terça-feira (22), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal a prestar esclarecimentos sobre o caso dos empresários que usaram mensagens do aplicativo WhatsApp para discutir a respeito de um golpe de Estado, em agosto do ano passado. Bolsonaro já depôs em outras quatro ocasiões esse ano.
Ministro arquivou denúncia contra outros seis empresários
Além de marcar o depoimento de Bolsonaro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou a investigação de seis empresários, Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Março Aurélio Raymundo e Luiz Andrei Tissot, que teriam defendido um golpe de Estado num grupo chamado "WhatsApp Empresários e política". Além disso, Moraes deu mais 60 dias para que ocorram investigações a respeito de Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri, mantendo as apurações do conteúdo do aparelho celular do dono da rede de lojas Havan em busca de uma possível ligação entre o empresário e o ex-presidente. Bolsonaro deverá depor no dia 31 desses mês e sua defesa já manifestou que quer ter acesso aos autos da investir antes dele ser ouvido.
Investigações de Hang e Nigri permanecem
Em mensagens trocadas no referido grupo, os empresários citados, que eram apoiadores de Bolsonaro e defendiam sua reeleição, se mostram favoráveis a um golpe de Estado, caso o então candidato e atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse eleito, no mês de outubro. A investigação mantida pelo STF contra Hang e Nigri usou como justificativa da continuação do processo contra eles, mensagens que foram recebidas de um contato sob o nome de "Pr Bolsonaro 8", que supostamente seria um dos números de telefone do ex-presidente.
Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri continuarão sendo investigados. (Foto: Reprodução/Instagram/Agência O Globo)
A mensagem encontrada no celular de Nigri e contém ataques a membros do STF, além de fake news a respeito das urnas eletrônicas, pesquisas de intenção de votos. A ordem era repassar tudo o que enviado a um número máximo de pessoas. O texto, atribuído a Bolsonaro, ataca o ministro Luís Roberto Barroso, que defendia o processo eleitoral, dizendo ser confiável e seguro.
Foto destaque: Jair Messias Bolsonaro. Reprodução/Isac Nóbrega/PR