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Biden afirma que os Estados Unidos não estão a favor da independência de Taiwan

Manifestação vem à tona como resultado da decisão dos eleitores de Taiwan de repudiar a influência da China, ao mesmo tempo em que conferem ao partido no poder a oportunidade de assumir um terceiro mandato presidencial

14 Jan 2024 - 10h11 | Atualizado em 14 Jan 2024 - 10h11
Biden afirma que os Estados Unidos não estão a favor da independência de Taiwan Lorena Bueri

No último sábado (13), o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que os Estados Unidos não respaldam a independência de Taiwan, em resposta à recusa dos eleitores taiwaneses à China e à concessão de um terceiro mandato presidencial ao partido no governo.

Posição de Biden

Lai Ching-te, o candidato presidencial do Partido Democrático Progressista (PDP) de Taiwan, emergiu vitorioso na eleição na ilha, demonstrando uma firme rejeição à pressão chinesa contra ele. Ele prometeu enfrentar Pequim e buscar negociações.

Biden afirmou que não apoia a independência quando questionado sobre a resposta às eleições deste sábado. Horas antes da abertura das urnas, Washington comunicou que consideraria inaceitável qualquer interferência de "qualquer" país nas eleições.

Taiwan, uma ilha adjacente reivindicada pela China, destaca-se como um sucesso democrático desde a realização de sua primeira eleição presidencial direta em 1996. Esse marco representa o ápice de décadas de luta contra o regime autoritário e a imposição da lei marcial.


Lai Ching-te, presidente eleito em Taiwan (Foto: reprodução/Anabelle Chih/Getty Images)


Relações do EUA com Taiwan

Os Estados Unidos, apesar da ausência de laços diplomáticos formais com Taiwan, desempenham um papel crucial como principal apoiador internacional e fornecedor de armas para a ilha. O governo Biden, preocupado com a possibilidade de a eleição, transição e novo governo intensificarem as tensões com Pequim, busca suavizar as relações com a China. Isso inclui a concordância em discutir diferenças de segurança em uma cúpula com o presidente chinês, Xi Jinping, em novembro, na Califórnia.

Antecipando possíveis pressões da China após a votação, o governo de Taiwan prevê manobras militares chinesas próximas à ilha na primavera do Hemisfério Norte. A China, que nunca descartou o uso da força para controlar Taiwan, é uma fonte constante de preocupação para Taiwan.

Em um gesto de apoio ao governo taiwanês, Biden planeja enviar uma delegação não oficial para a ilha autônoma. Embora os membros dessa delegação ainda não tenham sido confirmados, é provável que incluam ex-funcionários norte-americanos de alto escalão, seguindo a prática de envio de delegações semelhantes no passado.

É digno de nota que a China expressou descontentamento em 2016 quando o então presidente eleito dos EUA, Donald Trump, conversou por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen. Essa conversa foi a primeira desse tipo entre líderes dos EUA e de Taiwan desde a mudança do reconhecimento diplomático de Taiwan para a China em 1979, durante a presidência de Jimmy Carter.

Foto Destaque: Joe Biden em pronunciamento em conferência internacional (Reprodução/Samuel Corum/Getty Images)

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