Na tarde desta terça-feira (30), o auditor fiscal Jorge David Júnior foi preso após extorquir dinheiro de um empresário. A quantia encontrada pela polícia era de quase 2 mil reais e estava escondida dentro da cueca do servidor.
O empresário Márcio Renato Petito, que empreende no setor de informática, foi um dos alvos de Jorge . O auditor o procurou com uma falsa denuncia e pediu propina para encerrar a suposta investigação.
Na última semana, o auditor fiscal da secretaria estadual da fazenda, compareceu em uma das empresas de Renato em Barueri, na Grande São Paulo e pediu que o empresário fosse até o posto fiscal de Osasco. Ao chegar, Renato foi informado de que estava sendo investigado por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos: “São nove anos trabalhando, sempre com muita dedicação, honestidade para ser acusado assim, do nada”, desabafa Renato.
Após informar Renato sobre a investigação, Jorge passou a apresentar soluções ilícitas para encerrar o suposto processo. As colocações do auditor colocaram Renato em estado de alerta, então ele resolveu procurar o Ministério Público e descobriu que a investigação não existia.
Jorge David Júnior, de 52 anos, foi preso nessa terça-feira (30/5) - Foto: Reprodução/Rca1 Noticias
Os promotores orientaram o empresário a continuar com as negociações com o auditor e observaram a negociação para o pagamento da propina. Em princípio, o pedido foi de R$ 200 mil, mas terminou em R$ 20 mil. Ambos combinaram que o pagamento da primeira parcela seria entregue nesta terça-feira (30), no posto fiscal de Osasco.
Logo após o pagamento ser efetuado por Renato, promotores e policiais entraram no prédio e o auditor foi preso em flagrante. A maior parte do dinheiro foi encontrada na mochila, mas ele havia guardado cerca de R$ 1.800,00 na cueca.
Jorge saiu do local algemado e os investigadores buscam outros servidores que possam ter facilitado a ação criminosa do auditor.
O auditor já estava sendo investigado por outras duas denúncias: uma de estupro, feita pela ex-mulher e outra por portar quase 300 mil sem origem declarada.
Imagem destaque: Prisão de Jorge David Junior - Reprodução/Metropole.