Só neste mês de maio, a Rússia lançou oito ondas de ataques com mísseis contra Kiev, capital da Ucrânia. A última delas, um bombardeio na madrugada da última terça-feira (16), envolveu pelo menos 18 mísseis de vários tipos e inúmeros drones.
Contudo, Ucrânia afirma ter escapado com apenas um arranhão, negando que qualquer um dos drones ou mísseis tenham atingido seus alvos.
Autoridades norte-americanas acreditam que o sistema de defesa Patriot, fabricado no EUA, foi provavelmente danificado, porém, mesmo permitindo uma hipérbole, especialistas afirmam que está claro que algo está acontecendo.
Recentemente, a maioria dos analistas e até mesmo oficiais de defesa dos Estados Unidos duvidavam que as defesas aéreas da Ucrânia seriam capazes de ‘desamparar’ um ataque russo contínuo.
Explosão de um míssil é vista em Kiev durante um ataque russo (Reprodução/Reuters)
Em abril documentos vazados do governo dos Estados Unidos detalhavam como os estoques ucranianos de mísseis de defesa aérea de alcance médio da era soviética foram rigidamente esgotadas, enquanto o consultor econômico, Alexander Rodnyansky, admitiu à CNN que as defesas aéreas de seu país “não estavam lidando bem o suficiente.”
Tais avaliações, seguiram a um ataque violenta em 9 de março, no qual a Rússia lançou mais de 80 mísseis contra as principais cidades da Ucrânia. Na ocasião, até a Ucrânia admitiu que 6 mísseis balísticos Kinzhal conseguiram escapar de suas defesas aéreas.
O que teria mudado no espaço de apenas algumas semanas?
Uma das respostas para essa mudança repentina seria a implantação dos sistemas de defesa aérea Patriot, fabricado nos EUA, que chegaram em Kiev em abril.
Além dos Estados Unidos, Alemanha também forneceu uma bateria Patriot para a Ucrânia.
Mísseis interceptadores Patriot podem atingir aeronaves de alta e média altitude, mísseis de cruzeiro e alguns mísseis balísticos, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
Apesar da exaustão por conta da guerra, muitos aliados ocidentais da Ucrânia estão dispostos a manter os armamentos da Ucrânia abastecida para combater os russos.
Neste mês, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou um pacote de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 5,9 bilhões) para reforçar as defesas aéreas e os estoques de artilharia da Ucrânia.
Foto destaque: Kiev, capital da Ucrânia. Reprodução/Jb news