Até às 22h30 do horário de Brasília, Equador já tinha 30% das urnas apuradas, e a candidata Luisa González, aliada do ex-presidente Rafael Correa, aparecia à frente, com 33,2% dos votos e Daniel Noboa, em segundo lugar, com 24,4%, o que indica um segundo turno no país.
Eleições conturbadas
Com participação recorde de eleitores, a eleição de 20/08 contou com 82,26%, dos 13,4 milhões de equatorianos aptos a votar, decididos a escolher quem assumirá o lugar de Guilhermo Lasso.
Marcada por uma crise institucional, após Guilhermo ter dissolvido a Assembleia Nacional, e de segurança, por conta do assassinato a tiros do Fernando Villavicencio, candidato a presidente, a disputa presidencial de 2023 ficará registrada nos livros de história do Equador como uma das mais conturbadas, pois ocorreu sob o decreto de estado de emergência, com cerca de 53 mil membros da Polícia Nacional e 45 mil membros das Forças Armadas.
O segundo turno nas eleições no país terão Luisa González, candidata de esquerda do partido Revolución Ciudadana, e Daniel Noboa, empresário liberal, filho do magnata e ex-candidato Álvaro Noboa e que faz parte do movimento Acción Democrática Nacional, e ocorrerá em 15 de outubro.
Luisa Gonzáles e Daniel Noboa. (Foto: reprodução/TV Cultura)
Discursos para o segundo turno
Luisa González apresentou um discurso de união entre o povo equatoriano com intuito de tirar o país da crise institucional e de segurança em que se encontra, tendo este momento marcado por uma violência brutal, afirmando que o país necessita de “paz, trabalho, segurança” para que os equatorianos possam voltar a ser “livres”.
Enquanto Daniel Noboa falou sobre a oportunidade que o povo tem para derrotar o correísmo - a ideia da adversária para trazer novamente a paz para o país, as forças socialistas. E afirmou que foi essa possibilidade que o levou a se candidatar, e que também acredita tê-lo levado ao segundo turno.
Espera-se que para o novo momento do pleito os ânimos estejam mais calmos e que o povo equatoriano sinta segurança para ir às urnas.
Foto Destaque: Eleições de 2023 no Equador. Reprodução/ Martin Bernetti / AFP.