Após quatro assassinatos atribuídos ao narcotráfico, nesta segunda-feira (11), Rosário, a cidade mais violenta da Argentina, foi paralisada. O governo fechou as escolas e postos, além de interromper a circulação de transportes. Nem mesmo a coleta de lixo foi realizada.
Em resposta ao aumento da violência na cidade, a Associação dos Magistrados da província de Santa Fe, onde está localizada Rosário, determinou que cessassem “as atividades sem presença nas escolas para esta segunda”.
Já o sindicato de motoristas anunciou que “não haverá atividades de transporte urbano e interurbano”, pois os trabalhadores irão acompanhar o velório de Marcos Iván Daloia, taxista morto com três tiros.
Mortes atribuídas a facções
Daloia, de 38 anos, foi atacado na última quinta-feira (07) enquanto trabalhava. Antes, na última terça-feira (05), outra taxista, chamado Héctor Figueroa, de 53 anos, foi assassinado com disparos na cabeça durante uma viagem.
No dia seguinte, o motorista Diego Alejandro Celentano, de 32 anos, também morreu após levar tiros de dois criminosos. Pouco depois, já no último sábado (09), o frentista Bruno, de 25 anos, foi assassinado dentro de um posto de gasolina.
Além das semelhanças nos assassinatos, uma faixa deixada em uma ponte da cidade mostrou a intencionalidade dos criminosos. Na mensagem, os envolvidos afirmam que o governador de Santa Fé, Maximiliano Pullaro, e o secretário de Segurança da cidade, Pablo Coccocioni teriam “mexido com seus familiares” e, por isso, “vão continuar as mortes de inocentes, taxistas, motoristas, lixeiros e comerciantes”
De acordo com a imprensa argentina, também houve ataques a uma delegacia e a uma penitenciária. Em protesto, os moradores de Rosário optaram por realizar um panelaço de suas casas, que foi ouvido por toda cidade.
Medidas do governo
Ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, realiza reunião sobre a crise de segurança em Rosário. (Foto: Reprodução/Stringer/AFP).
Para evitar que Rosário se torne uma “terra de narcoterroristas”, a ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, anunciou nesta segunda que irá enviar ao menos 450 policiais à cidade. Como apoio, o presidente Javier Milei autorizou o uso das Forças Armadas para apoiar a segurança de Rosário.
Foto destaque: cidade de Rosário possui a a maior taxa de homicídios da Argentina. (Reprodução/Eurosport).
