Nesta sexta-feira (01), apoiadores do ex-presidente da Bolívia Evo Morales entraram em um quartel e mantiveram pelo menos 20 policiais como reféns. Os apoiadores estão fazendo toda essa movimentação contra a possibilidade de prisão do ex-presidente.
Essas movimentações seriam uma forma de protesto contra os plantadores de coca, e os bloqueios que estão sendo feitos são como forma de protesto sobre as investigações contra o ex-presidente, por conta da acusação de abuso com menores de idade.
Movimentação de apoiadores do ex-presidente da Bolívia (Vídeo: reprodução/Youtube/Uol)
Forças armadas
Toda a informação sobre o caso dos apoiadores veio quando as Forças Armadas informaram que os apoiadores invadiram um quartel onde tinha pelo menos 20 policiais e militares, fazendo todos de reféns. As Forças armadas informaram que, além de pegar os policiais como reféns, também levaram armamentos e munições da base militar, onde estavam os militares e soldados. Evon Morales teve um desligamento com o presidente Luis Arce, com esse rompimento teve grandes conflitos e tensões políticas.
Confrontos
No domingo (27), o ex-presidente, que liderou e esteve à frente da Bolívia em 2006 e 2019, afirmou que os Agentes dos Estado tinham tentado lhe assassinar ao efetuar vários disparos contra o veículo em que ele estava. O conflito aconteceu no centro de Cochabamba, onde acabou deixando seu motorista ferido. Essas acusações teriam sido feitas na rede social X, onde ele inclusive cita a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Ele teria feito esse post horas após terem atacado seu veículo. Ele disse que, em um determinado lugar, homens mascarados teriam efetuado 14 disparos contra o veículo, deixando uma das pessoas que estavam no carro ferida.
Exigências
Nesta segunda-feira, Evon Morales exigiu que fizessem a demissão de Castillo e do ministro da Defesa. "Se Luis Arce não deu as ordens para nos matar, ele deve demitir e processar imediatamente seus ministros de Defesa e de Governo, Edmundo Novillo e Eduardo Del Castillo". No domingo, o vice-ministro de Segurança Pública, Roberto Ríos, falou que as autoridades consideram a possibilidade de ter sido um auto atentado.
Foto Destaque: Ataques entre os militares e os apoiadores (Reprodução/Getty Images Embed/Fernando Cartagena)