Numa corrida contra o tempo para controlar o Coronavírus, causador da Covid-19, que já vitimou mais de 600 mil pessoas somente no Brasil, e na esperança dos imunizantes gerarem respostas positivas para o combate da doença e evitar internações e mortes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um comunicado, no dia 20 deste mês, informando que a Farmacêutica Janssen enviou um documento, em 19 de novembro, pedindo a inclusão da segunda dose ( dose de reforço) do imunizante na bula. Segundo a agência, “O pedido da farmacêutica prevê a indicação da Janssen em duas situações: como reforço homólogo e heterólogo”, argumenta.
Logo Pfizer(Foto: Reprodução/Agência Brasil/Dado Duvic)
No boletim informativo, a autarquia explicou a diferença entre os dois termos. Segundo o órgão, o reforço homólogo é feito com: “a mesma vacina e seria destinado a pessoas que foram imunizadas com a dose única da Janssen”, explica. A definição do complemento vacinal heterólogo trata-se: “de vacina diferente proposto pela empresa e seria destinado apenas para pessoas que concluíram a vacinação primária com uma vacina de tecnologia mRNA”. Nesse sentido, a Anvisa afirma que: Atualmente a única vacina de mRNA aprovada no Brasil é a vacina da Pfizer”, informa.
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De posse de informações encontradas no site oficial da Pfizer Brasil, encontra-se explicações sobre o funcionamento desta tecnologia nova usada para o desenvolvimento de vacinas com RNA mensageiro, que é novidade no mercado científico. “São um novo tipo de imunizante em estudo para proteger pessoas de doenças infecciosas. Assim como as vacinas comuns, o objetivo do RNA mensageiro é criar anticorpos contra um vírus que ameaça a saúde humana”, assegura. Dessa forma, Pfizer complementa que: “ao invés de inserir o vírus atenuado ou inativo no organismo de uma pessoa, esse novo imunizante ensina as células a sintetizarem uma proteína que estimula a resposta imunológica do corpo”, conclui.
Logo Anvisa (Foto: Reprodução/ Conselho de Farmácia)
Segundo o pronunciamento da Anvisa, a solicitação da Janssen será analisada considerando "evidências científicas" e que a própria farmacêutica deve demonstrar que a dose de reforço é necessária e benéfica, além disso, deve demonstrar todas as informações serão de inteira responsabilidade da empresa desenvolvedora de vacinas. Entretanto, segundo reportagem da BBC, produzida no dia 18 deste mês, nos Estados Unidos a segunda dose do imunizante da Janssen já é recomendada pela comunidade cientifica dois meses após a aplicação da primeira dose. Ainda nesta semana, o Ministério da Saúde confirmou a necessidade da segunda dose da Janssen, para pessoas que já atingiram a maioridade.
Foto Destaque: Vacina Janssen. Reprodução/Folha de S.Paulo