Nesta terça-feira (12), o governador Wilson Lima decretou estado de emergência ambiental no Amazonas. A medida foi decretada para reduzir impactos do desmatamento e de queimadas em todo o estado.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou mais de 4.000 focos de queimadas nas duas primeiras semanas de setembro. Com isso, esse é o segundo pior mês de setembro desde 2021. No ano todo, o estado já registrou mais de 11.700 queimadas.
Cidades que entraram no decreto de emergência
O decreto de emergência irá abranger os municípios de Lábrea, Boca do Acre, Tapauá, Maués, Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá e Canutama no sul do estado; e Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itapiranga, Manaquiri e a própria capital.
De acordo com o governo do Amazonas, a situação de emergência ambiental durará 90 dias. A Secretaria de Meio Ambiente está coordenando a articulação do decreto com os demais órgãos para executar e definir estratégias para combater o grande número de desmatamentos e queimadas na região.
Queimadas intensas no Amazonas. (Foto: Reprodução/CBMA/Folha de SP)
Outras medidas de combate foram anunciadas
Wilson Lima também anunciou mais de R$1 milhão de reais para remunerar a atuação de mais de 150 brigadistas em nove municípios no combate a focos de queimadas dentro do chamado "arco do desmatamento", onde estão os municípios que concentram o maior número de focos de queimadas.
O projeto de combate ao desmatamento é uma cooperação entre a SEMA e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS). E conta com o apoio financeiro da organização Rewild para aquisição de materiais e equipamentos.
O projeto está previsto para durar sete meses, a partir da data de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT).
Atualmente, mais de 130 profissionais das forças de Segurança e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão atuando em operações Tamoiotatá e Aceiro.
Foto destaque: Incêndios batem recorde no mês de Setembro, no Amazonas. Reprodução/CBMA/Folha de SP