Em uma entrevista à imprensa, na noite desta quinta-feira (15), o superintendente da Polícia Federal afirma que Amarildo da Costa Oliveira – conhecido como Pelado – confessou ter matado o indigenista e o jornalista. Segundo o criminoso, ele assassinou ambos a tiros, entretanto, apenas a perícia poderá confirmar a causa da morte.
Oseney da Costa Oliveira, irmão de Amarildo, também foi preso junto ao irmão, porém confessou não ter envolvimento com o caso. Como é conhecido, Pelado relatou haver, possivelmente, uma terceira pessoa, informação que está sobre investigação policial.
O crime foi confessado na terça-feira (14) ao anoitecer, na quarta (15) aconteceu a busca pelos corpos, que foram encontrados devido ao Amarildo, que guiou os investigadores até o lugar em que escondeu os indivíduos. Os restos mortais foram encontrados a 3,1 km de distância em comparação aonde encontraram objetos pessoais – cartão de saúde, notebook e sandálias – dos desaparecidos. “Não teríamos condições de chegar ao local de maneira tão rápida sem a confissão”, afirma o superintendente da PF.
De acordo com Guilherme Torres, delegado da Polícia Civil, para terem acesso onde os corpos foram escondidos, percorreram o rio por uma hora e 40 minutos, além de caminharem por uma mata de difícil acesso por 25 minutos.
Os restos mortais, após serem encontrados, foram levados para Atalaia do Norte, colocados em sacos pretos, para depois serem encaminhados para Brasília, onde será feita a perícia. Com a conclusão pericial, as “remanescentes humanas” serão devolvidas as famílias para que ocorra um sepultamento.
"Remanescentes humanos" transportados. (Foto: Reprodução/G1/Edmar Barros)
Na confissão, Amarildo relatou que cometeu o crime com arma de fogo, disparando em Dom e Bruno. Esquartejou e incendiou parte dos corpos e então, enterrou o restante. Confessou ter afundado a embarcação, hoje (16) os investigadores irão atrás dessa informação para encontrar outra prova do crime.
Não se encontrou ainda motivação do crime, entretanto, há suspeitas de uma terceira pessoa, portanto segue em aberto o questionamento. Houve uma repercussão internacional do acontecimento. A investigação segue em sigilo.
Dom Phillips e Bruno Araújo que desapareceram próximo à Terra Indígena Vale do Javari, as buscas começaram no domingo (5) por integrantes da Univaja, um dia após, integraram a Marinha, o Exército, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas e a Polícia Federal, na investigação.
Foto Destaque: Amarildo da Costa Oliveira sendo preso. Reprodução/O Globo.