Nesta sexta-feira (07) a defesa do ex almirante, Almir Garnier Santos, respondeu às acusações feitas ao seu cliente em respeito ao envolvimento de Garnier Santos a tentativa de Golpe de Estado após as eleições de 2022.
No documento entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa de Garnier Santos alega inocência de todas as acusações e nega qualquer participação ativa do ex almirante a atos anti-democráticos.
A defesa
A defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos deu uma resposta a denúncia feita ao seu cliente na Procuradoria Geral da União (PGR) sobre seu possível envolvimento na tentativa de Golpe de Estado de 2022, cujo objetivo era impedir a posse de Lula e a permanência de Jair Bolsonaro no poder. O documento entregue pela defesa do almirante ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (06) nega todas as acusações feitas e reafirma que seu cliente é inocente.
Santos foi denunciado por ter dado consentimento ao golpe e ter dito que colocaria "tropas à disposição" para a realização do ato golpista. As investigações da Polícia Federal apontam que o ex almirante foi o único comandante das Forças Armadas que concordou em participar do plano que impedia a realização da posse do Presidente Lula.
A defesa do militar respondeu à denúncia afirmando que apesar de seu cliente ter ser colocado à disposição do plano no dia 7 de dezembro, "a necessidade de ajustes no texto do decreto e a invocação de uma nova reunião no dia 14 de dezembro revelam que o ato atribuído ao Defendente não teve relevância dentro do quadro histórico traçado na denúncia", afirma a defesa.
Os advogados de Garnier Santos negaram qualquer participação ativa e anuência de seu cliente a tentativa de golpe, reforçando que a única ação realizada pelo seu cliente foi a omissão. Eles também reafirmam que as conversas apontadas como provas pela PF não são evidências consistentes.
Quem é Almir Garnier Santos
Almirante Almir Garnier Santos (foto: reprodução/Instagram/@comandante.mb)
Almir Garnier Santos é um ex-almirante da Marinha Brasileira nascido em 22 de setembro de 1960 no Rio de Janeiro. Sua relação com a Marinha tem início ainda na infância, aos 10 anos, quando foi aluno do curso de formação de operários na Escola Industrial Comandante Zenethilde Magno de Carvalho. Se formou em estruturas navais na Escola Técnica do Arsenal de Marinha no ano de 1977 e logo depois ingressou na Escola Naval, onde se formou em primeiro lugar em 1981.
Trabalhou por dois anos e meio como assessor especial militar no Ministério da Defesa durante o Governo Dilma, servindo os ministros Jaques Wagner, Raul Jungmann, Celso Amorim e Aldo Rabelo. Também comandou a Marinha durante a segunda metade do governo de Jair Bolsonaro.
Foto Destaque: Almir Garnier Santos e Jair Bolsonaro (Reprodução/Instagram/@comandante.mb)