O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, teve seu passaporte apreendido em fevereiro de 2024, após operação da polícia federal que ainda investiga a tentativa de golpe de estado para se manter no poder, onde se envolveram aliados, militares e o ex-presidente.
Em relação à devolução do passaporte, Moraes diz que não há motivo plausível para que a restrição seja revogada, já que Bolsonaro não representa nenhum interesse público ou de necessidade básica, e por isso rejeitou o pedido de devolução nesta quinta-feira (16).
Posse de Donald Trump
A posse de Trump está marcada para o dia 20 de janeiro, na próxima segunda-feira, em Washington. Os advogados de Jair Bolsonaro tentaram convencer Moraes a liberá-lo a viajar entre os dias 17 e 22 de janeiro, utilizando-se do argumento de que a posse: "consiste em evento de notória magnitude política e simbólica e o convite para comparecer à sua cerimônia encontra-se carregado de significados".
Jair Bolsonaro fazendo sinal de positivo (Foto: reprodução/ Instagram/@Jairmessiasbolsonaro)
Possibilidade de fuga de Bolsonaro
Para o STF, Bolsonaro ainda continua dando sinais de que poderia fugir do país a qualquer momento para fugir da possibilidade de ter que cumprir a lei penal estabelecida no Brasil e buscar asilo político em algum outro país do exterior.
Alexandre de Moraes diz que, logo após Jair Bolsonaro ser indiciado, o mesmo divulgou em uma entrevista feita para um jornal a possibilidade de fugir para não ser acusado juridicamente pela tentativa de golpe de estado e sofrer com a responsabilidade de precisar pagar pelo crime cometido. As tentativas em sua grande maioria foram planejadas por seu filho, também de direita e do partido político (PL-SP), Eduardo Bolsonaro.
A análise do caso está sob responsabilidade da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se os investigados serão ou não acusados pelo Supremo Tribunal Federal. Para a posse de Trump, o Brasil será representado pela embaixadora Maria Luiza Viotti.
Foto destaque: Donald Trump e Jair Bolsonaro jantando em Mar a Lago, em Palm Beach, Flórida, Estados Unidos, em 2020 (Reprodução/Alan Santos/Presidência/AFP)