Notícias

60% dos brasileiros foram impactados pela onda de calor da última semana do verão, aponta estudo

Os dados foram levantados pela Universidade Federal do Alagoas e mostraram que as regiões Centro-Sul e o Sudeste do país tiveram as temperaturas mais elevadas

21 Mar 2025 - 08h13 | Atualizado em 21 Mar 2025 - 08h13
60% dos brasileiros foram impactados pela onda de calor da última semana do verão, aponta estudo Lorena Bueri

Um estudo feito pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal do Alagoas (Ufal), divulgado nesta semana, apontou que, da última sexta-feira (14) até 21 de março, dia do fim do verão, 60% da população brasileira (ou 127 milhões de brasileiros) foi afetada pela onda de calor.

De acordo com os meteorologistas, para ser considerada como onda de calor, é necessário o registro de pelo menos 5ºC acima da média histórica da cidade onde a medição é feita. As regiões do Brasil que passaram pela estiagem com elevadas temperaturas acima do comum no período da última semana do verão foram o Centro-Sul do país e, principalmente, o Sudeste, como afirmou ao Jornal “O Globo” após conversa com o coordenador do Lapis, Humberto Barbosa.

Localidades impactadas

A pesquisa do Laboratório teve como fundamento os dados meteorológicos do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF), por meio do produto ERA5. Barbosa diz que o Centro-Oeste e o Sul também foram afetados: “De uma forma geral, quase todas as regiões foram impactadas”. Ainda em entrevista ao Jornal, ele destacou uma tendência do aumento do número de dias com estresse térmico, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste. Ou seja, alta concentração de calor sem dissipação.


Durante onda de calor com seca e alta temperatura em Brasília, homem protege-se do Sol no Setor de Diversões Sul (Foto: Reprodução/Bruno Peres/Agência Brasil)


O levantamento também mostrou que a frequência de temperaturas entre 30°C e 44°C foi bem acima do normal para o mês de fevereiro. Para se ter uma ideia, ainda segundo a análise, houve localidades que chegaram a fazer 8°C acima do normal para essa época do ano.

Os centros urbanos são os locais mais prejudicados pelo excesso de calor. Por outro lado, a produção de alimentos no campo também foi severamente afetada pelas altas temperaturas.


Funcionários trabalham no sambódromo sob o Sol de verão e intenso calor nível 4 no RJ (Foto: Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil)



Nesse “raio-X” da onda de calor, o Lapis mostrou também que, das áreas agrícolas, as mais impactadas foram as do norte de Minas e as do Centro-Oeste.

Estados com mais tempo sob onda de calor

No período do verão encerrado na última quinta-feira (20), sete estados da Federação tiveram pelo menos 50 dias de onda de calor: Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Bahia e Paraíba. Segundo a análise do Laboratório, Alagoas foi o campeão do ranking de período mais longo com temperaturas de 5ºC acima da média histórica da estação, que já é normalmente a mais quente do ano. Foram 59 dias sob calor extremo no estado da região Nordeste.


Levantamento de dados do Inmet sobre variação de temperaturas do verão no Brasil de 1997 até 2025 (Foto: reprodução/Inmet)


Os dados apresentados pelo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que as temperaturas no país têm ficado acima da média a partir da década de 1990 durante a estação. O verão 2024/2025 foi o sexto mais quente no Brasil desde 1961. A temperatura média da estação ficou em 25,81ºC, isto é, 0,34 °C acima da média histórica do período de 1991 a 2020, apontou o Instituto.

Fenômenos e a variação da temperatura

Especialistas do Inmet revelam que o fenômeno “El Niño” foi o responsável por influenciar a elevação das temperaturas nos verões de 2023/2024, 2015/2016, 2009/2010 e 1997/1998. O “El Niño” promove o aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial, potencializando o aumento de temperatura em várias regiões do planeta.


A “El Niño” aquece as águas do Oceano Pacífico, alterando o clima em diversas regiões da Terra, como na costa da Ilha de Páscoa, no Chile (Foto: reprodução/Creative Touch Imaging Ltd./NurPhoto/Getty Images Embed)


Já o verão de 2024/2025 esteve sob a influência da “La Niña”, que tende a causar queda da temperatura média do planeta. Contudo, a estação que se despediu ficou na sexta posição entre os mais quentes.


Foto Destaque: alta temperatura extrema durante onda de calor no Rio de Janeiro (Reprodução/Tomaz Silva/Agência Brasil)


Lorena Bueri CEO, Lorena Bueri, madrinha perola negra lorena bueri, lorena power couple, lorena bueri paparazzi, Lorena R7, Lorena Bueri Revista Sexy, Lorena A Fazenda, Lorena afazenda, lorena bueri sensual, lorena gata do paulistão, lorena bueri gata do paulistão, lorena sexy, diego cristo, diego a fazenda, diego cristo afazendo