Autoridade ucraniana registra ao jornal “The Guardian” que 144 soldados foram libertados, sendo a maioria portadores de graves ferimentos, como amputações e queimaduras, mas já passam por avaliações e cuidados médicos. Foi a maior troca de prisioneiros desde a invasão russa. 95 do total eram os defensores da siderúrgica Azovstal, em Mariupol.
Após a troca, alguns blogueiros militares russos questionam a libertação e criticam a própria nação pelo ato. O motivo principal se dá a crítica de que entre os libertados, haviam 43 membros do batalhão Azov, que segundo a Rússia, teve um papel fundamental para a invasão.
O batalhão Azov foi constituído em 2014, como uma milícia que teria a função de combater forças pró-russas no leste da Ucrânia. Depois foi integrado como força nacional ucraniana. O perfil do regimento é de extrema-direita e seus militares foram acusados de nazismo, portanto, seguindo essa ideia, Vladimir Putin justificou novamente seu ataque, baseando-se em ir contra as ideias nazistas carregadas pelo batalhão.
Batalhão Azov fazendo legado ao nazismo. (Foto: Reprodução/Hora do Povo)
A guerra na Ucrânia completou quatro meses na última sexta-feira (24), possuindo um registro de mais de 380 mil mortos desde seu início. Inicialmente Putin havia iniciado as ordens apenas como uma operação militar, houveram negociações entre os governos e ainda assim, o presidente russo exigia reconhecimento da Crimeia. Bruxelas decretou crime de guerra devido aos milhares de civis presos e obrigados a terem abrigos apenas em um teatro e uma maternidade.
Com o ataque a siderúrgica, o governo ucraniano recebeu uma ajuda estimada em US$ 40 bilhões do congresso dos Estados Unidos. A siderúrgica a qual, na troca de prisioneiros, recebeu 95 dos seus protetores de volta, embora feridos, ainda com vida.
Estima-se que os números de mortos passará de 600 mil, contando com militares, civis, crianças e idosos, sem nenhuma distinção. Sem nenhuma certeza do encerramento da guerra.
Foto Destaque: Soldados Ucranianos após invasão russa. Reprodução/Correio Braziliense.