A primeira modalidade nacional criada para a realização de transferências de dinheiro, DOC, chega ao fim, após quatro décadas de vasta utilização no país, nesta segunda-feira (15).
Além da extinção do DOC, também finda a utilização da TEC (transferência especial de crédito), usada por empresas para pagamento de benefícios a colaboradores. Ambas são limitadas ao valor de R$ 4.999,99
O DOC e o TEC não são considerados meios de transferência tão representativos quanto o PIX, preferido dos brasileiros, tanto pelo custo-benefício quanto pela praticidade; o PIX compensa imediatamente, e é gratuito para pessoas físicas, enquanto o DOC leva até um dia útil para ser compensado e é taxado.
A modalidade TED ainda permanece como uma opção consolidada e bastante utilizada.
Anúncio da extinção do DOC (Vídeo: reprodução/Youtube/Band Jornalismo)
Motivos para a extinção
Implantado em 1985 pelo Banco Central, o DOC perdeu espaço para formas mais rápidas e menos onerosas de transferência de proventos, principalmente com o surgimento do PIX, no ano de 2020.
Segundo o diretor adjunto de Serviços de Febraban, Walter Faria, "os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado". Assim, o DOC passa a não se tornar mais atrativo como antes.
De acordo com o levantamento realizado pela Febraban, as transações via DOC no primeiro semestre de 2023 somaram 18,3 milhões de operações, o que representa apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas ao longo do ano.
O DOC ficou bem atrás do cartão de débito (8,4 bilhões), dos cheques (125 milhões), dos boletos (2,09 bilhões TED (448 milhões), do cartão de crédito (8,4 bilhões) e do PIX, o campeão nacional, com 17,6 bilhões.
Transferências para maiores quantias
A modalidade de transferência TED (Transferência eletrônica disponível), utilizada para grandes quantias, continua vigente, tendo em vista sua ampla utilização.
Foto Destaque: pessoa utilizando o caixa eletrônico (reprodução/Banco24horas)