O cenário conturbado do primeiro semestre no país afetou diversos mercados, incluindo o tecnológico. Esse ano, houve a queda de 44% de investimentos em startups, foram totalizados R $15,4 bilhões e 327 transações. Em comparação a 2021, os aportes chegaram a R $27,7 bilhões e 416 negociações no mesmo período do ano.
Co-fundador da plataforma de inovação Distrito, Gustavo Araújo afirmou sobre as startups: "Sentiram os efeitos do cenário macroeconômico. Diante disso, muitas empresas estão mudando a operação, privilegiando caixas mais sustentáveis em detrimento do crescimento exponencial. Os empreendedores terão de mostrar habilidade ao manobrar a empresa e provar que o modelo é adaptável a diferentes contextos”.
De acordo com o levantamento, a queda maior no quesito volume e transações aconteceu no segundo trimestre. Só no mês de julho houve R $1,8 bilhões captados em 45 rodadas e no mesmo período em 2021, R $11,2 bilhões e 76 negociações.
Pessoas trabalhando (Reprodução/Pixabay)
Entretanto, as startups que começaram a pouco tempo, obtiveram números positivos no primeiro semestre. As rodadas seed no primeiro semestre de 2021 ( investimento-anjo, pre-seed e seed) passaram de R $806 milhões para R $1,5 bilhão esse ano. Enquanto, os searly stage (que compreendem as séries A e B) foram de R $6,5 bilhões para R $7,4 bilhões.
No topo da lista de investimentos estão as fintechs com R $6,9 bilhões arrecadados no semestre, em seguida as retail techs (varejo), com R $1,9 bilhão e as RHtec (recursos humanos), com R $1,3 bilhão. As que mais captaram em 2022 foram a fintechs Neon, com um aporte de R $1,6 bilhão, a Creditas com R $1,3 bilhão e a Dock com R $587 milhões.
É previsto que negócios entre empresas, fusões e aquisições, registrem leve retração no primeiro semestre do ano, passando de 118 para 110.
Foto Destaque: Grupo de pessoas. Reprodução/Pixabay