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Revolução financeira na Itália: pagamentos digitais desafiam a supremacia do dinheiro vivo

O Observatório de Pagamentos de Milão divulgou dados que mostram que até o final do ano, as transações digitais, que já subiram 13%, vão se equiparar as de papel-moeda.

08 Out 2023 - 09h20 | Atualizado em 08 Out 2023 - 09h20
Revolução financeira na Itália: pagamentos digitais desafiam a supremacia do dinheiro vivo Lorena Bueri

A tendência de aumento no uso de pagamentos digitais na Itália, que teve início durante a pandemia, parece ter perdido um pouco de velocidade, mas ainda continua forte e imparável. Isso se deve principalmente ao crescimento das transações realizadas por meio de smartphones, pulseiras NFC e relógios smartwatch.

A tradição italiana de preferir o dinheiro em espécie está aos poucos cedendo espaço para os métodos digitais, como revelam os dados do Observatório de Pagamentos Inovadores do Politécnico de Milão. De acordo com as projeções desse observatório, até o final do ano, as transações digitais quase alcançarão o volume de transações em papel-moeda.


Cidade de Milão, onde fica o Observatório de Pagamentos Inovadores. (Foto: reprodução/Conexão 123)


Números

No primeiro semestre de 2023, o total de pagamentos digitais na Itália atingiu a marca de 206 bilhões de euros (equivalente a cerca de R$ 1,1 trilhão), o que representa um aumento de 13% em comparação com o mesmo período de 2022.

O relatório do Observatório sugere que, mesmo com a desaceleração do ímpeto causado pela pandemia, os pagamentos digitais podem chegar a um valor entre 425 e 440 bilhões de euros (ou seja, entre R$ 2,3 trilhões e R$ 2,4 trilhões) até o final do ano. Essa cifra ficaria apenas ligeiramente abaixo do total de transações em dinheiro.

Promoção dos meios de pagamento digitais

Além disso, o relatório destaca a importância de adotar medidas direcionadas à promoção dos meios de pagamento digitais no futuro, enfatizando os benefícios que isso traria na luta contra a evasão fiscal, uma vez que mais de um terço das transações em dinheiro não são declaradas ao fisco. Em 2019, a evasão fiscal relacionada a pagamentos em dinheiro resultou em uma perda de receita tributária de 31,6 bilhões de euros (ou seja, cerca de R$ 172,6 bilhões) em 36,9 bilhões de transações não declaradas.

Esse tema tem gerado debates políticos frequentes na Itália, levando a modificações no limite para o uso de dinheiro em espécie e na implementação de medidas para incentivar ou até mesmo obrigar o uso de pagamentos eletrônicos em diversos setores comerciais e profissionais do país.

Foto Destaque: bandeira da Itália e cédulas de euro. Reprodução/Wise

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