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Paralisação nos EUA: entenda os potenciais riscos e implicações econômicas

Desde que os EUA mudaram o início do ano fiscal para 1º de outubro, muito 'shutdowns' aconteceram. O mais notável e recente foi em 2018, custando US$ 2 bilhões.

01 Out 2023 - 09h40 | Atualizado em 01 Out 2023 - 09h40
Paralisação nos EUA: entenda os potenciais riscos e implicações econômicas Lorena Bueri

O temor global se intensifica diante da possibilidade de um "shutdown" na maior economia do mundo. Na prática, os Estados Unidos estão à beira de atingir o limite de sua dívida pública, o que exige a aprovação pelo Congresso de um aumento nesse limite para que o governo possa continuar funcionando normalmente. O prazo final para essa aprovação é esse domingo, 1º de outubro, mais precisamente às 12h.

No entanto, o Congresso enfrenta desafios significativos, incluindo a falta de tempo para aprovar um novo projeto de lei e um impasse entre seus membros. A preocupação central é o estado das finanças do governo, já que a dívida nacional dos EUA ultrapassou a marca de US$ 33 trilhões (cerca de R$ 160 trilhões) em setembro, marcando um recorde histórico, de acordo com o Departamento do Tesouro.


Congresso dos EUA (Foto: reprodução/J. Scott Applewhite/Sputnik Brasil)


O “shutdown”

Vale ressaltar que esse impasse não se limita a uma divisão partidária entre democratas e republicanos, mas sim a uma divisão interna entre republicanos moderados e os mais radicais, que estão exigindo cortes nos gastos governamentais como condição para aprovar o financiamento.

Historicamente, desde 1976, quando os EUA alteraram o início do ano fiscal para 1º de outubro, o governo passou por 21 "shutdowns". Alguns dos mais notáveis ocorreram em 1995 (21 dias), 2013 (16 dias) e 2018 (34 dias).

Há quatro anos, o maior "shutdown" até então teve impactos econômicos consideráveis, custando cerca de US$ 2 bilhões, de acordo com um relatório da Bloomberg Economics. A paralisação também reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) em US$ 11 bilhões nos dois trimestres subsequentes. Além disso, cada semana de paralisação do governo reduziria o crescimento trimestral anualizado do PIB em 0,2 ponto percentual.

Impactos trabalhistas

Além dos impactos econômicos, aproximadamente 4 milhões de americanos deixarão de receber seus salários, pois apenas serviços essenciais continuarão em funcionamento. E, diferentemente do Brasil, os EUA não possuem leis trabalhistas que protejam os trabalhadores nessas situações. Adicionalmente, o setor de turismo pode ser afetado, com possíveis interrupções nos serviços de controle de tráfego aéreo, uma vez que muitos controladores dependem desses salários.

Diogo Catão, CEO da Dome Venture, observa que haverá atrasos na divulgação de indicadores econômicos importantes, como inflação e taxa de desemprego, o que afetará a interpretação dos investidores sobre a situação dos Estados Unidos.

Efeitos pelo mundo

Os efeitos do "shutdown" se espalharão pelo Brasil e pelo mundo, dependendo de sua duração. Rodolfo Olivo, professor da Fia Business School, alerta que um "shutdown" prolongado pode aumentar o risco sistêmico global, elevando as taxas de juros e inibindo investimentos. Catão acrescenta que os brasileiros que desejam emigrar ou obter vistos para os EUA podem ver seus processos interrompidos. Além disso, as relações bilaterais econômicas podem enfrentar atrasos nas negociações.

Neste fim de semana, o Senado dos EUA tentará aprovar um projeto de lei bipartidário de curto prazo para manter o financiamento do governo até 17 de novembro. O presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, espera aprovar um projeto de lei de autoria republicana para manter o financiamento do governo até o final de outubro, embora não esteja claro se ele possui os votos necessários para fazê-lo.

 

Foto destaque: Representação dos EUA sob dificuldades econômicas. Reprodução/Seu Dinheiro

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