Recentemente, Elon Musk, junto a outros investidores, surpreendeu ao apresentar uma proposta de US$ 97,4 bilhões para adquirir o grupo sem fins lucrativos que supervisiona a OpenAI, reacendendo a rivalidade com o CEO da OpenAI, Sam Altman, que rejeitou ironicamente a oferta nas redes sociais.
A proposta de Musk, CEO da Tesla, que cofundou a OpenAI com Altman e outros em 2015, surge em meio a uma disputa judicial com seu ex-parceiro. O Wall Street Journal (WSJ) foi o primeiro a divulgar a oferta, que pode dificultar os planos de Sam de transformar a OpenAI em uma entidade lucrativa. Após a saída de Musk, Altman criou uma participação com fins lucrativos para captar recursos, disputando uma empresa independente.
A pretensão de Altman
O advogado de Musk, Marc Toberoff, declarou à Forbes que, se Sam Altman e o conselho da OpenAI pretendem transformar a organização em uma corporação totalmente voltada ao lucro, é fundamental que uma entidade beneficente seja devidamente compensada pelo controle que sua liderança está assumindo sobre uma tecnologia mais transformadora do nosso tempo.
Por meio do advogado, Musk também expressou à Forbes que “é hora de a OpenAI retornar a ser a força do bem, centrada na segurança e no código aberto, que um dia foi.”
Minutos após a matéria do WSJ ser divulgada sobre a oferta de Musk, Altman postou no X, antigo Twitter: “não, obrigado, mas podemos comprar o Twitter por US$ 9,74 bilhões (R$ 56,3 bilhões), se quiser.”
Em seguida, Elon Musk respondeu ao comentário de Sam chamando-o de “trapaceiro”.
Relembrando a história
Elon Musk (sentado à esquerda), e Sam Altman (sentado à direita), falam no palco durante evento em 2015 na Califórnia (Foto: Reprodução/Michael Kovac/Vanity Fair/Getty Images Embed)
A OpenAI, em sua fundação, afirma que visava “avançar a inteligência digital da maneira mais benéfica à humanidade como um todo, sem a necessidade de gerar retorno financeiro.” O anúncio continuava: “Como nossa pesquisa é livre de obrigações financeiras, podemos focar melhor em um impacto positivo para a humanidade.”
O bilionário Elon Musk processou a OpenAI, afirmando que a empresa se transformou em uma “subsidiária de fato e com código fechado” da Microsoft, sua investidora. Também reforçou a ação judicial em novembro, buscando impedir que uma empresa de IA se tornasse uma entidade com fins lucrativos.
O logotipo da 'OpenAI' é exibido na tela de um celular em frente a uma tela de computador exibindo as fotografias de Elon Musk e Sam Altman (Foto: Reprodução/Muhammed Selim Korkutata/Anadolu/Getty Images Embed)
A concorrência em torno do status de lucro da OpenAI reflete a rivalidade prolongada entre Musk e Altman. Ambos foram cofundadores da OpenAI, juntamente com outras nove pessoas, e compartilharam a posição de copresidentes na organização de pesquisa sem fins lucrativos. Essa rivalidade se acentuou à medida que a xAI, a empresa de Musk, começou a competir com a OpenAI e outras empresas no setor de IA.
Foto Destaque: o CEO da Open AI, Sam Altman em um evento intitulado "Transformando negócios por meio da IA" em Tóquio, Japão (Reprodução/Tomohiro Ohsumi/Getty Images Embed)