O governo do presidente Javier Milei, empossado em dezembro de 2023, implementou medidas drásticas que resultaram na queda da inflação na Argentina de 13% para 3,5% ao mês, trazendo alívio às contas do país. Ao assumir o cargo em meio a uma crise econômica, com o dólar em níveis recordes e a inflação disparando, Milei promoveu o que ele mesmo chamou de "maior ajuste na história da humanidade", estabilizando tanto a economia quanto a moeda americana.
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Javier Milei e o Presidente de El Salvador Nayiki Bukele (Foto: reprodução/Tomas Cuesta/Getty Images News Embed)
Estratégias adotadas
Sendo alvo de duras críticas por parte de opositores e especialistas do setor, o presidente Javier Milei tomou a decisão imediata de cortar um terço das despesas públicas, uma medida considerada crucial para controlar a emissão monetária, que, segundo a análise de economistas, era o principal motor da inflação. Essa ação é vista como um passo vital para restaurar a credibilidade fiscal do governo e proporcionar maior segurança nas finanças do país.
Logo no início de sua gestão, várias medidas políticas foram implementadas, resultando em uma mudança rápida e radical na situação financeira da Argentina. O presidente eliminou gastos em setores que, em sua visão, não eram essenciais, o que levou a uma redução significativa do déficit fiscal. Como consequência, as emissões de moeda caíram drasticamente, transformando um excedente fiscal em um resultado financeiro mais equilibrado.
Milei e sua secretaria geral Karina em evento La LIbertad Avanza (Foto: reprodução/Tomas Cuesto/Getty Images News Embed)
Oposição as medidas
Apesar do sucesso inicial nas medidas econômicas, a Argentina ainda enfrenta dificuldades significativas, e críticos do governo alertam que essa aparente recuperação pode estar encobrindo déficits reais. Carlos Rodríguez, ex-assessor do governo, adverte sobre a necessidade de cautela em relação a possíveis manobras financeiras que possam ocultar as verdadeiras dívidas acumuladas.
Atualmente, muitos argentinos estão apreensivos com a possibilidade de que essa contenção fiscal possa agravar a crise social do país. A falta de renda está deixando inúmeras famílias vulneráveis, especialmente as crianças, o que eleva as preocupações sobre o custo humano dessas políticas. Atualmente, 7 em cada 10 crianças argentinas vive em situação de pobreza, o que levanta questões cruciais sobre a viabilidade das reformas propostas e os impactos que elas geram na sociedade.
Foto Destaque: Javier Milei durante reunião em Roma (reprodução/Tomas Cuesta/Getty Images Embed)