A Itaúsa (ITSA3) tem se preparado para uma eventual crise energética, adiantando alternativas para que empresas de seu portfólio sigam funcionando sem restrições, disse nesta terça-feira o presidente-executivo do grupo, Alfredo Setubal.
“Estamos nos preparando principalmente para evitar que as agências tenham problemas, eventualmente com uso de geradores”, informou o executivo em teleconferência com jornalistas sobre os resultados trimestrais da companhia divulgados na véspera.
Setubal complementou ainda que alguns ativos industriais nos quais a Itaúsa tem participação já possuem autogeração de energia, mas que opções adicionais estão sendo discutidas. A instituição tem participação na fabricante de calçados Alpagartas, na produtora de louças sanitárias e painéis de madeira Dexco (ex-Duratrex), na transportadora de gás natural NTS e na empresa de saneamento Aegea.
Itaúsa: Setubal contou que a Itaúsa avalia fazer novos investimentos em ativos nos setores de agronegócio e de energias renováveis (Foto: Itaúsa / Divulgação)
No último mês, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) sinalizou que a capacidade de geração de energia do país poderá ser levada ao limite em novembro, diante do baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas.
O presidente ainda contou que a Itaúsa avalia fazer novos investimentos em ativos nos setores de agronegócio e de energias renováveis, além de novas incursões em concessões públicas, como de aeroportos. “São ativos que fazem falta no nosso portfólio”, acrescentou. No entanto, ele ainda pondera que não se deve esperar nenhum anúncio a respeito no curto prazo.
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A empresa estreou neste ano no setor de saneamento com um aporte de R$ 2,6 bilhões na Aegea, que em abril deste ano liderou o consórcio que venceu a disputa pelos blocos 1 e 4 da licitação da Cedae, de saneamento do Rio de Janeiro.
Setubal disse esperar para breve a realização de assembleia de acionistas para votar a proposta de incorporação da XP Part pela PX Inc, num passo adicional que permitirá que investidores da holding eventualmente se desfaçam da fatia que detém na plataforma de investimentos, ao redor de 15%.“A XP não é um ativo estratégico para a Itaúsa, mas isso não significa necessariamente que vamos vender nossas ações. E, se o fizermos, será ao longo de alguns anos, não de forma abrupta”, afirma.
(Foto Destaque: Itaúsa. Reprodução Itaúsa / Divulgação)