Na última quarta-feira (20), a Intel divulgou seus planos para o futuro próximo da empresa após a confirmação, por parte do governo americano, dos subsídios destinados ao setor de chips; a nova lei CHIPS prevê uma estratégia do governo americano para intensificar a produção da tecnologia, assim como seu refinamento, dentro do próprio país e utilizando a Intel para isso. A empresa americana já anunciou que direcionará os US$100 bilhões para 4 estados nos EUA, que serão utilizados para expandir as operações da empresa no Arizona, a renovação das instalações em Oregon e Novo México, além de construir novos edifícios em Columbus, Ohio com 30% de todo o orçamento disponibilizado pelos subsídios. Após a notícia começar a circular, as ações da Intel subiram cerca de 4% nas negociações pré-mercado.
Chip desenvolvido pela Intel em 2006 apresentado em painel (Foto: reprodução/Getty Images Embed)
Por que a Intel
A empresa americana liderou o setor de produção de chips, assim como era a empresa pioneira na tecnologia, investindo em pesquisa e desenvolvimento do produto, além da produção para o mundo todo. A empresa, entretanto, perdeu a dianteira em 2010 para a empresa taiuanesa TSMC, achatando os lucros da Intel; além da TSMC, a Intel também compete com a gigante sul-coreana Samsung. A expectativa com essa nova onda de subsídios é que a empresa retome o primeiro lugar a partir de 2027, ano em que a nova fábrica de Ohio ficará pronta.
O pronunciamento do CEO da Intel
Pat Gelsinger, o presidente-executivo da empresa americana, deu uma entrevista na última terça-feira (19) na qual afirmou a previsão da empresa se tornar a maior fabricante de chips do mundo a partir de 2027; entretanto, o executivo também alerta para possíveis problemas no meio do caminho: “levamos mais de três décadas para perder esse setor. Ele não voltará em três ou cinco anos de financiamento da Lei CHIPS”. Além disso, chamou os subsídios de “capital inteligente”, já que é um financiamento de juros baixos que visa o médio prazo.
Foto destaque: um chip da Intel, a mercadoria é um dos produtos tecnológicos mais importantes no momento (reprodução/Slejven Djurakovic/Unsplash)